quarta-feira, julho 31, 2013

A governar sempre para os mesmos

• Pedro Nuno Santos, A governar sempre para os mesmos:
    ‘(…) O argumento invocado para esta reforma prende-se com a necessidade de atrair investimento directo estrangeiro. No entanto, uma redução cega e transversal que trate todos os sectores económicos por igual é uma política económica errada, que terá como consequência a perda brutal de receitas fiscais - prevê-se que as perdas possam ascender a mais de 1600 milhões de euros - que seriam necessárias para financiar uma estratégia de desenvolvimento industrial. Com esta reforma dá-se um bónus aos sectores protegidos da concorrência internacional - monopólios naturais e "não transaccionáveis" - como EDP, Galp, bancos e grupos empresariais do sector da distribuição. Uma política económica inteligente não passa por reduzir a taxa de IRC para menos que a média da UE e de forma transversal para todos os sectores, mas sim por investir essa receita fiscal no desenvolvimento de uma estratégia de desenvolvimento industrial e agrícola do país. (…) Esta reforma, sendo má para o desenvolvimento da nossa economia, vai, no entanto, ser muito vantajosa para os accionistas de muitas grandes empresas que operam em sectores protegidos da concorrência internacional.’

5 comentários :

Manuel Cintra disse...

Como é possível o Seguro ter dito que quer acelarar a reforma do IRC?

O meu ponto de vista:
http://sitiocomvistasobreacidade.blogs.sapo.pt/163775.html
e tb aqui

http://sitiocomvistasobreacidade.blogs.sapo.pt/164039.html

Anónimo disse...

Tudo o que seja bom para ajudar a economia Seguro apoia.

Anónimo disse...

Já se percebeu que esta medida não capta qualquer investimento, porque para isso teria que ser selectiva e não é. Quem vai beneficiar é a EDP, GALP, PT, SONAE, etc. Aliás, o governo bem o sabe. Mas o seu objectivo é conseguir uma alternativa à célebre TSU.
O país não tem condições para prescindir desta receita, pelo que serão os trabalhadores por conta de outrem a pagar as receitas que não forem cobradas através da colecta do IRC.

Anónimo disse...

Mas esperava-se outra coisa vinda dos partidos que vêm? Ainda não se percebeu que a direita só serve o poder financeiro e economico?
Estão-se bem a cagar para o país e sobretudo para as pmes.

Anónimo disse...

E que história é esta de a UGT dizer de manhã que é contra a renovação adicional de 18 meses nos contratos a prazo e aceitar, à tarde, 12 meses ???