terça-feira, setembro 17, 2013

Assalto aos pensionistas não é convergência de sistemas

• Daniel Oliveira, Assalto aos pensionistas não é convergência de sistemas:
    ‘O que o governo está a fazer não é, portanto, a convergência entre sistemas. E muito menos garantir a sustentabilidade da CGA, que, por ter extinção marcada e não receber novos contribuintes desde 2006, não é, por definição, sustentável. O governo está apenas a ir buscar dinheiro a quem tem menos capacidade para se defender. Os aposentados são, por lhes estar vedado o direito à greve e terem menos instrumentos de mobilização e defesa, presa fácil. Esta redução de 10% é, por isso, um ato de cobardia. Querer trasvestir este assalto com as vestes da justiça e da equidade é juntar à cobardia cinismo.’

4 comentários :

Fernando Romano disse...

Sem comentário -
Aos representantes do povo!
(E aos jornalistas portugueses)
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"O povo sofre; é a sua condição trabalhar, será o seu destino sofrer? É assim que lhe pagam, a ele que os veste, que os serve, que os alimenta, que os protege, que os eleva? É assim, com o desprezo? Porque é desprezo, e desprezo nunca visto pelo povo e pelo seu trabalho, impor tributos e fazer desperdícios.

O povo quer entregar o seu dinheiro, o povo abnega e abre a sua bolsa ao fisco; fica para si com a fome, com o trabalho, com a penúria, com o cansaço, e dá de boa vontade à Pátria a comodidade, a felicidade, o calor e a vida. É uma verdade. Quer dar o seu dinheiro, mas não o quer dar a estes, qué-lo dar talvez àqueles, não confia nos que hão-de vigiar o depósito; não quer dar o seu bem a guardar ao governo porque o vê sem lisura, sem honra e sem moralidade".

(....)

"Proteste, pois, o povo sempre, e em todas as cidades, em todas as vilas, em todos os povoados; se o desprezarem, reúna-se e reclame; se o insultarem, sofra e diga a sua vontade; se o repelirem, contenha-se e mostre e o decreto da sua soberania incorruptível, se o martirizarem........ (.....), mas se, ainda assim, terminados os meios pacíficos, as reclamações, os protestos, as reuniões, os pedidos, as súplicas, se, ainda assim, estes homens tirânicos e imperceptíveis teimarem em o calcar, em o despojar, em esfomear, se ainda estiver iminente a ruína dos filhos e dos netos, e perdidas as esperanças, e quase morta a Pátria, e abandonada às feras da Europa - então - dê o seu grande brado e, dizemos isto sem medo, faça reluzir pelas ruas e pelos campos aquelas espingardas patrióticas e aquelas espadas puras que retalharam outrora os bandidos da Península, que se ensanguentaram em 20, e que ainda não estão ferrugentas desde 46".


(São de Eça de Queiroz estas palavras, "Obras de Eça de Queiroz", vol IV, pp 420 e 421 - Lello & Irmãos.)

Rosa disse...



Eça "acabado de nascer"e, portanto, intemporal!

jose neves disse...

Pois.
Só que DO tal como PP, MST, MM, a própria Ana Sá Lopes e tantos outros que agora se queixam horrorizados com o que este governo está a fazer, sendo simultaneamente quadros da elite política e comentadores e opinadores políticos escutados, venderam à opinião pública a ideia que bastava correr com Sócrates para ficarem resolvidos os problemas do país.
Podemos confiar no que agora dizem quando tudo correu ao contrário do que antes afirmavam?
Não passam de ratos que devem ser varridos, tal como os retrógrados medinas, os gerontes merceeiros, os velhacos catrogas, os vendidos borges e moedas, os idiotas passistas, os assaltantes cavaquistas e outros que tais, numa furura desratização que é urgente fazer neste país.

Anónimo disse...

numa futura desratização que é urgente fazer neste país.

Não será nada fácil, adquirir no mercado, tanto PÓ para ratos...