Ainda me lembro de, no briefing do Conselho de Ministros de 26 de Abril de 2012, Assunção Cristas ter feito um brilharete com o anúncio de uma nova taxa de segurança alimentar a que estariam sujeitos cerca de 1.800 estabelecimentos de comércio alimentar (hipermercados e cadeias de supermercados).
Apesar de esta taxa ter, segundo Assunção Cristas, “um impacto diminuto”, uma vez que “equivale a cerca de 0,1% da facturação anual das grandes superfícies, que rondam os dez mil milhões de euros”, os donos das cadeias de distribuição reagiram e o Governo tremeu. Foi logo publicada uma portaria a “clarificar” o âmbito de aplicação da taxa. Ou seja, o Governo recuou, tornando a taxa numa caricatura ridícula.
Os Belmiros e os Soares dos Santos não se contentaram com o recuo do Governo. Querem mais: a abolição da medida. Entretanto, sabe-se que só um terço dos estabelecimentos está a pagar a taxa de segurança, perante o silêncio do Governo:
Hoje no Correio da Manha (p. 23) |
2 comentários :
Estes merceeiros fazem o que querem e, sobra-lhes tempo. Com a abertura ao domingo iam admitir mais pessoas. Não só despediram as que lá trabalhavam, como exploram brutalmente as que lá ficaram. Até já lhes pedem que entrem às cinco da manhã, mas que piquem o ponto às sete. A Autoridade do Trabalho vai fechando os olhos.
Até nas fotos o putativo Primeiro-Ministro tem ar de idiota submisso e ignorante.
Uma pena para todos - incluindo nós, que não votámos nesses partidecos da "coligação" - que não o tenha desmentido quando se viu em São Bento como titular do dito cargo, perdão, com as patas no pote.
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