Quanto ao texto de Fernanda Câncio, penso que haverá uma explicação múltipla para a "diminuição" estatística do Desemprego em Portugal no último período contabilizado.
Para além de manipulações dos números, que hoje em dia ninguém pode garantir não terem acontecido (e o que, aliás, seria gravíssimo!), ocorrem-me como explicações para o eventual aumento do Emprego as seguintes evidências:
1ª) A qualidade do Emprego criado - e convém não esquecer que ela não se mede apenas em função do número de horas trabalhado, mas SOBRETUDO PELO NÍVEL DE REMUNERAÇÃO e pela natureza do vínculo -, que seguramente diminuíu drásticamente face à do Emprego entretanto destruído;
2ª) os níveis absurdos de Emigração, comparáveis aos dos piores anos deste fenómeno em Portugal, nos anos sessenta (mas agora não é também para fugir à guerra colonial...);
3ª) A contabilização como "Emprego" de acções de formação para desempregados, que na generalidade dos casos NÃO VAI REDUNDAR EM NADA de positivo e que só é aceite pelos Desempregados por causa da coacção que os Centros de Emprego sobre eles exercem, do género "se não se iscrever para esta formação, depois não se queixe se ficar sem o Subsídio!".
Ora então, tudo somado, o "aumento do Emprego" só acontece por MAUS MOTIVOS e era sobre isso que gostaria de ouvir falar o PS desassombradamente. Não a habitual conversa da treta entre os dentes, que nos vai chegando timida e mansamente aos ouvidos, mas QUE NÃO CHEGA À ALMA DE NINGUÉM!
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Quanto ao texto de Fernanda Câncio, penso que haverá uma explicação múltipla para a "diminuição" estatística do Desemprego em Portugal no último período contabilizado.
Para além de manipulações dos números, que hoje em dia ninguém pode garantir não terem acontecido (e o que, aliás, seria gravíssimo!), ocorrem-me como explicações para o eventual aumento do Emprego as seguintes evidências:
1ª) A qualidade do Emprego criado - e convém não esquecer que ela não se mede apenas em função do número de horas trabalhado, mas SOBRETUDO PELO NÍVEL DE REMUNERAÇÃO e pela natureza do vínculo -, que seguramente diminuíu drásticamente face à do Emprego entretanto destruído;
2ª) os níveis absurdos de Emigração, comparáveis aos dos piores anos deste fenómeno em Portugal, nos anos sessenta (mas agora não é também para fugir à guerra colonial...);
3ª) A contabilização como "Emprego" de acções de formação para desempregados, que na generalidade dos casos NÃO VAI REDUNDAR EM NADA de positivo e que só é aceite pelos Desempregados por causa da coacção que os Centros de Emprego sobre eles exercem, do género "se não se iscrever para esta formação, depois não se queixe se ficar sem o Subsídio!".
Ora então, tudo somado, o "aumento do Emprego" só acontece por MAUS MOTIVOS e era sobre isso que gostaria de ouvir falar o PS desassombradamente. Não a habitual conversa da treta entre os dentes, que nos vai chegando timida e mansamente aos ouvidos, mas QUE NÃO CHEGA À ALMA DE NINGUÉM!
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