• Pedro Silva Pereira, Onde estava o Olli?:
- ‘As declarações do Comissário Olli Rehn sobre um alegado pedido tardio de ajuda externa por parte de Portugal são frontalmente desmentidas pelos factos. Mas é preciso compreender o contexto desta tentativa desesperada de rescrever a história.

É, pois, em defesa própria que Olli Rehn, desafiando os factos, se lembrou de tentar rescrever a história: afinal, "a Europa respondeu bem à crise", sugeriu ele, "Portugal é que respondeu tarde". Se a primeira tese não tem, por razões óbvias, muitos compradores na Europa e menos ainda nos Estados Unidos, já a segunda encontrou em Portugal a clientela do costume, sempre disposta a aproveitar as ofertas de ocasião.

Felizmente, nada disto é hoje matéria de opinião. Está tudo por escrito. Foi por escrito que, a 11 de Março de 2011, o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o Presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, fizeram a seguinte Declaração Conjunta sobre o PEC IV: "We welcome and support the announced policy package". Foi por escrito que a Bloomberg relatou a entrevista de Olli Rehn ao jornal Finlandês "Helsingin Sanomat" em que o Comissário, no próprio dia da rejeição do PEC IV, ainda dizia: "Não é certo que Portugal precise de ajuda externa". Foi por escrito que o Público citou o testemunho na primeira pessoa do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa: "Testemunhei que a Comissão Europeia e o BCE não queriam que Portugal fizesse um pedido de assistência financeira, igual ao grego e ao irlandês, e estavam empenhados na aprovação do PEC IV" (Público, 31-3-2012). E foi por escrito que o Diário Económico transcreveu uma entrevista de Eduardo Catroga, que agora apareceu a dizer que Portugal devia ter feito uma "negociação mais atempada", mas que 15 dias antes da apresentação do PEC IV dizia: "Não defendo, nas actuais circunstâncias de acesso, o recurso ao FEEF em parceria com o FMI, porque as experiências da Grécia e da Irlanda correram muito mal" (DE, 21-2-2011).
Numa coisa Olli Rehn tem razão: Portugal só pediu ajuda externa quando foi encostado à parede. E bem. A história ensina que nenhum país pede ajuda externa a não ser quando é absolutamente necessário. Mas o apoio expresso da Comissão Europeia e do BCE ao PEC IV continha uma mensagem clara: não encostem Portugal à parede. O problema é que por cá houve quem achasse que tinha uma ideia melhor.’
6 comentários :
O Barroso, o desertor,aquele que se fosse peixe seria um xixarro, aquele do slogan; nem mais um soldado para as colónias?.
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Tal como o BPN é mais um produto do cavaquistão, palavras para quê?
Não há duvida !
Estes fascistas que se dizem democratas, entregaram-nos a Castela...
Onde para a tropa ?
O Olli tem de começar a juntar mais tabaco à "cena".
Enfim, três criminosos.
Pedro Silva Pereira,é com documentos como este seu artigo de opinião que podemos desmentir a campanha em curso.E,consequentemente,criar condições para o derrube do Monumental Embuste que é este (des)governo.
A propósito:por onde tem andado o Secretário Geral do PS?Não podia,e devia,ter usado os factos contidos no seu artigo de opinião e em Pleno Parlamento,ter posto fim ao gaudio mentiroso da direita Parlamentar?Ou será que os ignorava?(...)
Pedro Silva Pereira continua a ser implacável no combate a esta cambada de mentirosos. Com ele, as mentiras desta "gente honrada", acabam sempre por fazer "boomerang" e partir os dentes destes salafrários.
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