quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Falar a sério de reformas estruturais,
bens transaccionáveis e exportações


O lançamento da primeira pedra da nova refinaria de Sines ocorreu a 13 de Dezembro de 2008, um projecto orçado em mil milhões de euros. Disse José Sócrates na ocasião: “Estes investimentos privados são da maior importância para o país e afirmam em definitivo Sines como um centro industrial de primeiríssima linha e uma das áreas mais modernas da indústria portuguesa”. E adiante lembrou o então primeiro-ministro: “Em nenhum outro país europeu teria sido possível, num tão curto espaço de tempo, obter o licenciamento para a conversão de uma refinaria”.

Já três anos antes, mais precisamente às oito horas do dia 21 de Dezembro de 2005, José Sócrates havia convocado Pedro Queiroz Pereira para uma reunião em São Bento, quando soube que o industrial se preparava para fazer uma fábrica da Portucel na Alemanha. Oito anos depois, Queiroz Pereira confessava que saiu da reunião rendido, dispondo-se a transferir o investimento para Setúbal: “é verdade que Sócrates não cumpriu os pontos todos, mas o que me motivou foi ver a grande vontade dele em que a fábrica ficasse cá e em resolver os obstáculos.” A inauguração da fábrica ocorreu a 27 de Agosto de 2009:


Na hora actual, a Galp e a Portucel são as duas maiores empresas exportadores, tendo a produtora de pasta e papel ultrapassado a Autoeuropa, que passou para o terceiro lugar.

A refinaria de Sines e a fábrica de Setúbal da Portucel são dois seguros de vida do “sucesso” deste governo, que se deve à acção do anterior governo. Uma era em que se diz que não foram feitas reformas estruturais. Esse mistério da “falta” de reformas estruturais desvendar-se-á nos próximos meses, quando o governo de Passos & Portas tiver de vir explicar que as exportações diminuíram porque a refinaria teve de fazer trabalhos de manutenção.

11 comentários :

Anónimo disse...

Que falta fazes,Sócrates!
GGabriel

Baltazar Garção disse...



E que fotografias como estas vamos poder recordar do "guverninho" atual, daqui por outros seis anos???


E que "belos" efeitos destas atuais "políticas" vamos ter de suportar, a médio e longo prazo???


Pois é, vê-se isso depois - quando for já tudo irremediável e... irrevogável -, não é, senhores das "doutas" e mediáticas opiniões de peito cheio (de ar e vento...)?

Anónimo disse...

mas houve alguma coisa que estes gajos fizeram? nada! escavaram! e para isso não é preciso grande coisa e qualquer 1 faz: pegar numa folha excel e fazer subtracções. o que custa é atrair investimento, o que custa é abrir mercados para as nossas exportações. e isso não se faz de cu sem tado, pois não oh passos? quando ao portas, bem que tenta ser um Sócrates, mas é apenas um socratezinho, muito longe do original.

Anónimo disse...

Imensa falta mesmo. Não estou a ser irónico.

Anónimo disse...

Ui. Agora o aumento das exportações deve-se ao Sócrates. A palhaçada por aqui está cada vez melhor. O inginheiro então e o sucesso de exportaçõa de produtos agricolas,nunca antes verificado?

A piadainha da semna, o Sòcrates é que permitiu que quando abrissemos a janela no canal do panamá avistássemos a grande obra de Sines.

LOL

Fernando Romano disse...

O PS tem que criar uma alternativa nos media.

Últimos dados Marketest sobre tempos de antena:

"Em Janeiro, Pedro Passos Coelho liderou em número e em duração das notícias em que interveio nos serviços regulares de informação da RTP1, RTP2, SIC e TVI.
O Primeiro-ministro protagonizou em Janeiro 111 notícias de 5 horas e 4 minutos de duração.

O Presidente da República, Cavaco Silva, foi o segundo protagonista do mês, com intervenção na primeira pessoa em 55 notícias de 2 horas e 48 minutos de duração.

Paulo Portas, Vice-Primeiro ministro, subiu à terceira posição, tendo intervindo em 46 matérias de 2 horas e 44 minutos de duração.

Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, foi este mês o quarto protagonista das notícias de Tv, com intervenção em 44 notícias de 2 horas e 28 minutos de duração.

O líder do PS, António José Seguro, baixou da segunda para a quinta posição, protagonizando 66 notícias de 2 horas e 23 minutos de duração, um valor que representa menos de metade do tempo em que Pedro Passos Coelho interveio na primeira pessoa nos informativos de Tv."


Apagar o período de governação de J. Sócrates é o objetivo principal da imprensa servida e controlada por este governo de bandos e pelos grandes interesses económicos nacionais e internacionais.

O PS tem que estudar formas no que concerne à informação, como, aliás, já foi aqui, no CC, alvitrado.



Fernando Romano disse...

Sr. Miguel Abrantes,
Desculpe. O meu último comentário e o post "claustrofobia democrática" parecem terem sido simultâneos. Achei a notícia importante. Não me quis antecipar.

Miguel Abrantes disse...

Caro Fernando Romano,

Todas as suas opiniões enriquecem este blogue. Escreva sempre!
Um abraço

Miguel Abrantes disse...

Caro Fernando Romano,

Todas as suas opiniões enriquecem este blogue. Escreva sempre!
Um abraço

Anónimo disse...

Ai que saudades, ai, ai

Evaristo Ferreira disse...

O Vice, que perdeu a batalha naval com o FMI e foi ao fundo, enquanto se entretém na horta com a Cristas, devia pensar em fazer investimentos destes, com enorme impacto económico. Mas o Vice não tem arcaboiço mental para tanto. Prefere dedicar-se ao salame, ao frango de churrasco e o pastel de nata. Tal e qual como era o ministro Coiso Santos Pereira.
Com gente desta, tudo é anedota.