sexta-feira, fevereiro 14, 2014

"Se não é terceiro-mundista, é o quê?"

• Elisabete Miranda, Facturas sortes e vergonhas:
    ‘Ainda esta semana soubemos que, ao mesmo tempo que assiste à sangria de uma geração jovem e qualificada para o exterior o Governo está ocupado em criar programas que atraiam e facilitem a obtenção de residência a ... "talentos" estrangeiros. Nesta mesma linha, e enquanto sujeita os portugueses a um esforço sem precedentes no IRS e no IMI, o Estado continua a conceder generosos descontos fiscais a quem se registe como residente em Portugal, ao abrigo de um sintomaticamente baptizado "regime especial para cérebros". Artistas, investigadores, trabalhadores, reformados: ser estrangeiro ou ter por lá passado é sinónimo de uma inteligência superlativa e merece-nos todas as deferências e especiais recompensas. Se não é terceiro-mundista, é o quê?

    Nos últimos dias ficámos também a saber que, numa altura em que o País atravessa uma das piores crises económicas da sua história moderna o número de prestações sociais está em queda livre, deixando milhares de famílias desamparadas. A força da repetição de uma mensagem retrógrada e perigosa - de que é preciso guardar o dinheiro para quem realmente precisa - os desempregados estão a ser transformados em mandriões e os pobres equiparados a perigosos caçadores de apoios públicos. Se não é obscurantista, o que é?’

1 comentário :

João Santos disse...

É aquilo que o PSD sempre quis e nunca escondeu. Só gente distraída podia pensar que a União Nacional ía fazer outra coisa, com um governo,uma maioria, um presidente.

E o PS completamente adoemecido.