Tinha o espírito ocupado por questões menos mundanas quando sou surpreendido por um Carlos Abreu Amorim em alvoroço a requisitar a imediata intervenção de António José Seguro: havia no PS quem defendesse um haircut. Procurei descer à terra, dada a gravidade da delação, tendo ido ler as declarações do suspeito: «Toda e qualquer alteração às condições do pagamento da dívida aos credores - sejam juros, sejam prazos, sejam montantes - é tudo haircut». Afinal, aquela enorme massa informe que ocupara o ecrã por inteiro estava equivocada, porque treslera a declaração em causa.
Mas revelou também uma confrangedora ignorância acerca do funcionamento dos mercados financeiros. Tal como chapéus há muitos, também há haircuts para todos os gostos e feitios. Este breve exercício poderá ajudar o transtornado deputado do PSD, que nunca chegou a divulgar os resultados da reflexão prometida após ter sido enxotado de Gaia, a penetrar no fascinante mundo da matemática financeira.
Em todo o caso, seria bom alertar Carlos Abreu Amorim de que, depois da fase de «nem mais tempo nem mais dinheiro», o Governo já beneficiou de haircuts (redução de juros e alargamento de prazos). E, de caminho, perguntar-lhe como pensa ele que o país vai reduzir a dívida.
É que, como se diz aqui, simulando a trajectória da dívida com os valores referidos pelo alegado primeiro-ministro (excedente primário de 1,8%, crescimento nominal 2,6%) para uma taxa de juro implícita de 4% (referida pelo Presidente da República, mas omitida por Passos Coelho), «a dívida em percentagem do PIB manter-se-ia indefinidamente no nível de 126,6% previsto pelo FMI para 2014».
Mas revelou também uma confrangedora ignorância acerca do funcionamento dos mercados financeiros. Tal como chapéus há muitos, também há haircuts para todos os gostos e feitios. Este breve exercício poderá ajudar o transtornado deputado do PSD, que nunca chegou a divulgar os resultados da reflexão prometida após ter sido enxotado de Gaia, a penetrar no fascinante mundo da matemática financeira.
Em todo o caso, seria bom alertar Carlos Abreu Amorim de que, depois da fase de «nem mais tempo nem mais dinheiro», o Governo já beneficiou de haircuts (redução de juros e alargamento de prazos). E, de caminho, perguntar-lhe como pensa ele que o país vai reduzir a dívida.
É que, como se diz aqui, simulando a trajectória da dívida com os valores referidos pelo alegado primeiro-ministro (excedente primário de 1,8%, crescimento nominal 2,6%) para uma taxa de juro implícita de 4% (referida pelo Presidente da República, mas omitida por Passos Coelho), «a dívida em percentagem do PIB manter-se-ia indefinidamente no nível de 126,6% previsto pelo FMI para 2014».
4 comentários :
Este gajo é um palermoide.
Um palermoide nazi.
São todos escolhidos a dedo!
Este PSD é umavergonha.
N ã o p e r c o t e m p o c o m m e r d a d e s t a
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