sexta-feira, maio 16, 2014

Cavaco e o agravamento da taxa da ADSE

O Presidente da República vetou o diploma que aumenta de 2,5% para 3,5% os descontos dos beneficiários da ADSE, argumentando que «não parece adequado» que isso «vise sobretudo consolidar as contas públicas»: «Numa altura em que se exigem pesados sacrifícios aos trabalhadores do Estado e pensionistas, com reduções nos salários e nas pensões, tem de ser demonstrada a adequação estrita deste aumento ao objectivo de auto-sustentabilidade dos respectivos sistemas de saúde».

O Governo enviou então o diploma para a Assembleia da República, mantendo o aumento da taxa. A coligação de direita acrescentou-lhe uma norma a consignar as receitas da ADSE aos seus beneficiários. O Presidente da República promulgou e apanhou o avião para o Império do Meio.

Para avaliar o que está em causa, importa notar que, na hora actual, a ADSE encontra-se numa situação sustentável, como até o Governo, através da Miss Swaps, o reconhece.

Acresce que a norma acrescentada para sossegar os estados de alma do Presidente da República não impede que a ADSE continue a financiar o Orçamento do Estado. Com efeito, o recurso dos seus beneficiários ao SNS é suportado pela ADSE. Deverá fazê-lo, uma vez que os seus beneficiários também contribuem através dos impostos para o SNS, mais ainda quando se caminha no sentido de a ADSE ser autofinanciada?

1 comentário :

Anónimo disse...

Mais uma pouca vergonha do pior presidente de República que Portugal já teve. É um gasolineiro de estrada com um canudo de economia, um casca grossa que se governou à grande e à familória à nossa custa.