segunda-feira, junho 23, 2014

Não é defeito, é feitio

• João Galamba, Não é defeito, é feitio:
    «(…) À semelhança de 2013, o único efeito relevante das decisões do TC parece ser o seu impacto positivo na economia e no emprego. Tendo em conta os resultados económicos do primeiro trimestre, o aumento dos salários pode mesmo muito bem ser a única forma do governo cumprir os objectivos previstos em termos de crescimento da economia. Na frente orçamental, como já referiu Manuela Ferreira Leite, a situação também não parece ser problemática, porque basta usar parte da dotação provisional e da reserva orçamental para acomodar essa despesa adicional. Perante isto, não há nenhuma boa razão para se insistir na necessidade de encontrar medidas substitutivas que mantenham o nível de austeridade inicialmente previsto.

    Se, como se tem visto, a austeridade não serve a economia, não serve o emprego, não garante a sustentabilidade da dívida e não parece ter grande influência nos juros, então ela não serve verdadeiramente para nada. Mas, para o Governo, a austeridade continua a ser a única alternativa e parece servir para tudo.

    Para quem acredita que a crise que vivemos é, na sua origem, uma crise de finanças públicas causada por despesismo do Estado, a austeridade tem de ser, necessariamente, a única solução imaginável. Enredado nas suas próprias contradições, o Governo, pura e simplesmente, não sabe fazer de outra forma. Não sabe e não quer. Se, como disse Maria Luís Albuquerque "a despesa pública só gera dívida, não gera crescimento, não gera rendimento", então é natural que a austeridade, independentemente dos seus resultados de curto prazo, seja entendido de modo salvífico. Trata-se, no fundo, de resolver um problema moral. Para quem pensa assim, o conflito constitucional não é um mero acidente de percurso. É um destino.»

3 comentários :

Anónimo disse...

Um Fado sem fim!

Anónimo disse...

Não consigo perceber como este tipo é economista?!?!?!?!? Só publicam o que ele escreve por ser socialista, pois as asneiras que diz são insuportavelmente demagogicas e pouco honestas! A solução deste senhor é linda:gastar mais dinheiro (aumentar salários), dar cabo da poupança feita (reserva orçamental), continuar com essa despesa durante os próximos anos (aí já não diz como se paga), nunca cortar na despesa do estado (esquece-se que a austeridade advem do buraco financeiro e de contas publicas pouco transparentes), a despesa do Estado não é necessária conter (nada da crise tem a ver com o desvario de gasto de dinheiros publicos) !!!!! Como é possível dizer coisas destas?? Vale tudo para ganhar eleições? Que vontade de voltar ao pote .....

Morgado De Basto disse...

É verdade é:João Galamba,não passa de um nabo em Economia.Boa,boa, é a rama que pulula por aqui,num pugnar desabrido e pungente em defesa dos dinheiros e dos bens públicos.Temos ex-acionistas privilegiados do BPN,dando à costa neste mar?Ou formandos encartados pela Tecnoforma?