segunda-feira, novembro 17, 2014

Tiro no pé

À questão colocada na comissão parlamentar de inquérito ao BES sobre os motivos pelos quais Ricardo Salgado não foi removido da presidência do banco logo que as irregularidades foram conhecidas, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, respondeu com uma pergunta: «A questão é: se eu pudesse¹, faria?» No entendimento de Carlos Costa, o Banco de Portugal não poderia levar avante a sua alegada intenção de o afastar, porque Ricardo Salgado «entregou um parecer de dois grandes juristas de Coimbra a mostrar que o Banco de Portugal não podia fazer o que queria fazer».

No dia em que a comissão parlamentar de inquérito ao BES deu início aos seus trabalhos, pode-se concluir que o governador do Banco de Portugal não fez uma gestão sã e prudente da sua imagem.

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¹ Em rigor, Carlos Costa usou o pretérito mais-que-perfeito do indicativo e não o pretérito imperfeito do conjuntivo: «se eu pudera, faria?»

7 comentários :

Anónimo disse...

Este rapaz é mais um dos grandes trampolineiros Ao Serviço da Nação.
Só enfia a gorra quem quer.

Anónimo disse...

Quais Grandes Juristas? Os avençados do BES, Prof. Paulo Mota Pinto e o Carlos de Lemos?

Anónimo disse...

Este Costa vai continuar a por-nos uma gigantesca canga as costas, uma festa.
Vai estar tudo muito entretido com esta comissão em que vão desde já depor 150 caramelos. A media tem asseguradas histórias frescas, com muitos enredos de Casa dos Segredos, enredos dos enredos, diz que disse, isto durante pelo menos 6 meses, depois já enjoa. Enquanto isso, o DDT reconquista o terreno, repõe os peões, e o velho-novo banco constitui-se como o maior fardo das nossas costas. Isto enquanto alegremente a corja desmantela a PT e vende a TAP, tudo a assobiar para o ar.

Anónimo disse...

O rapaz Ricciardi continua, por dentro, a defender os "interesses" da família.
Parabéns Carlos Costa.

james disse...

Ora essa, pareceres vinculativos?

Que grande ignorante.

Anónimo disse...

Um dos incompetentes mais injustamente levados ao colo de que há memoria neste país.
Investigue-se a sua participação no descalabro do BCP para se perceber ao que este menino sempre veio.
É mais um da corja, mais um que se serve em vez de servir como devia ser seu dever.
E como se não bastasse ainda se acha uma grande coisa , demonstrando a arrogancia e a cagança de um idiota de serviço.

Historiador amador disse...


Grande ignorante, sim, mas também um enorme COBARDE!

São, aliás, apanágio de quem "defendeu" o interesse público em Portugal, nos últimos tempos, estas duas grandes "qualidades" morais, a IGNORÂNCIA e a COBARDIA, entre muitas outras (como o laxismo, o oportunismo, a incúria, etc.).

É, no fundo, a grande HERANÇA MORAL DO CAVAQUISMO.