Que grande trambolhão: de acordo com o Eurostat, Portugal registou a maior queda da taxa de emprego entre os 28 Estados-membros da União Europeia (e não apenas da zona euro) no último trimestre de 2014, com uma descida de 1,4% face ao trimestre anterior.
João Galamba admite que este aparatoso tombo possa estar «relacionado com a travagem da despesa pública no último trimestre de 2014, que foi necessária para compor os números do défice público.» Ou seja, foi preciso fechar a torneira às políticas activas de emprego.
Com efeito, a injecção de apoios públicos à contratação afrouxou a queda da taxa de emprego — até ao momento em que a Miss Swaps teve de dar prioridade à maquilhagem do défice. Conta o Público que o número de desempregados que conseguiu arranjar trabalho com a ajuda do Instituto de Emprego e Formação Profissional atingiu níveis inéditos em 2014, mas mais de metade dessas colocações foi feita através dos programas de apoio à contratação financiados por dinheiros públicos. Das 102.977 pessoas que voltaram ao mercado de trabalho no ano passado, em 54% dos casos as empresas beneficiaram de subsídios aos salários ou de isenções e reduções nas contribuições sociais.
À primeira vista, a reforma estrutural que iria vivificar o mercado de trabalho não surtiu efeito. O Governo teve de despejar dinheiros públicos sobre o problema. Afinal, a direita não se está a lixar para as eleições, nem se importa de postergar momentaneamente o liberalismo.
2 comentários :
Talvez o aumento do salário mínimo ajude a explicar.
Bestas ignorantes...
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