Um programa eleitoral sem contas é um saco de palavras.
- António Costa, sobre o programa eleitoral da coligação de direita, considerando que é «extraordinário que, quem não cumpriu ainda as promessas da campanha anterior, faça novas promessas», ao mesmo tempo que, sub-repticiamente, continua com uma «fúria privatizadora»
2 comentários :
Tem contas sim senhor. Só que não são contadas não vá o tolo fugir. A história da ADSE e da segurança social tem ar de mãozinha de seguradora interessada. O negócio anda mau e há que abanar onde o fruto pode cair.
Mas há mais: não se fala de medida para aqui nem para ali mas fazem-se umas promessas deixadas para o final da legislatura. Há uma no entanto que mostra o rabo do gato: tornar isto num dos dez países mais competitivos. Como não se está ver como é que isso pode vir em quatro anos das tão afamadas skills nem da inovação pois então que venha um lindo programa de liberalização da economia: rédea solta na flexibilidade laboral, quer dizer, de despedir,copo vazio na tributação das pessoas de bem, sacudir a água do capote do ensino público atirando-o para as câmaras e colégios, favorecer o sector privado da saúde e por aí. Contas não há que parece mal. O melhor mesmo é falar de liberdade de escolha - é só pagar.
Pena que, como omo já se explicou por aí, "Mário Centeno [diga] isso estribado na sua autoridade de futuro ministro do Futuro Primeiro Ministro de Portugal e colaborador do programa do PS que nas suas densas 134 páginas apresenta (...) [escassíssimas cinco quantificações] entre as quais não se encontra um único custo de uma só medida:
- 600 milhões de euros (custo das 150 mil reprovações anuais no ensino básico)
- 300 milhões de euros (custo das infecções em meio hospitalar)
- 1.000 milhões de euros (receita de IRC não cobrada pela não revisão dos benefícios fiscais)
- 120 milhões de euros (cadência regular da contrapartida financeira nacional do PDR)
- 5.000 milhões de euros (défice tarifário)"
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