quinta-feira, novembro 12, 2015

«Aquilo que nunca aconteceu em 40 anos
porque é que aconteceu agora?»


Fernando Medina na TVI 24:
    «(…) Agora o que eu acho mesmo é que a direita não entendeu o resultado das eleições e ainda não percebeu a posição em que se colocou nem o que é que aconteceu. Porque ainda não percebeu porque é que aconteceu este facto histórico único que levou PS, PCP e Bloco de Esquerda a conversarem uns com os outros. Aquilo que nunca aconteceu em 40 anos porque é que aconteceu agora? (…)»

8 comentários :

Jose disse...

Porque 4 anos fora do governo conduziu à histeria as hostes do PS e a oportunidade de aí entrarem 'a solo' é fatia maior que não pode ser recusada - as eleições que se lixe!

Anónimo disse...

http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2015/11/ha-40-anos-um-cerco-ar-amanha-nao.html

Anónimo disse...

Porque aconteceu? Aconteceu porque os portugueses estão há mais de 13 ano sob fortes dificuldades económica e de adaptação ao euro e à concorrência mundial. Aconteceu porque depois disso caiu-lhes a Grande Crise de 2008,com efeitos severos nas nosas debilidades e que dura para nós há 8 anos - e ainda não passou. Aconteceu porque os portugueses ficaram entregues a uma direita radical experimentalista e como remédio e castigo, levaram por cima sucessivos baldes e baldes de cal. Ficando ajoujados e exaustos pela politica destrutiva da coligação híper-triokista, uma politica malthusiana de terra queimada, que dura há longos 4 anos e meio, vai para cinco. Andamos para trás 10, 20, 30 anos na nossa economia. E não conseguimos minimizar o problema do endividamento estrutural, que em certa medida ainda se agravou.
Vastas camadas das gerações mais antigas, acima dos 55-60 anos foram esmagadas e desapossadas dos seus direitos e rendimentos. Trabalharam toda a vida para dar melhor instrução a seus filhos, mas as gerações mais jovens foram excluídas, atascadas na precariedade e no desemprego, impedidas de constituir família, destituídas das suas capacidades e expectativas, desapossadas da vida a que tinham direito. Centenas de milhar imigraram. Todas as classes medias que vivem do seu trabalho foram empobrecidas. Trabalhamos cada vez mais, mas somos cada vez mais pobres. Sem voz audível (um governo-um presidente), fomos tratados como lixo mas sem partidos que nos defendessem. 4 anos à merçê de Passos, Portas e Cavaco. Parte das forças politicas estavam capturados pelo discurso da via única e da culpa (o auge foi 2013, ano de todos os abusos e desgraças))impotentes, ou persistindo em completamente posições estéreis, a reproduzir os velhos chavões e formas de concertação e protesto sem destino (vejam-se as graves nos transportes! Tudo isolado e com a boca pelo chão)) Neste processo, inevitavelmente, a base dos partidos mudou.

Anónimo disse...

Porque aconteceu? com tudo o que se passou na sociedade e na economia, e no poder e suas formas brutais de exercício, os proprios partidos começaram a mudar, clarificando posições, titubeando novos caminhos. Um ponto alto foi o da eleição de Costa para dirigir o PS. Haja Deus. Do lado da direita sabemos que alinham 30% dos votantes activos, aqueles que antes de o ser já o eram, aqueles de vivem do medo de ser iguais aos outros, aqueles que vivem do capital de troca e das suas migalhas, aqueles que se diferenciam por um elitismo social serôdio, na base do proteccionismos feudal, vassalos da força, negadoras das injustiças e desigualdades cada vez mais colossais, garantidos na inclusão pelo seu forte alinhamento ideológico e sentido de serviço... Ao centro, já Nada de Nada e do lado do centro- esquerda, vai a confusão. Aí e à esquerda, alinha (quando vota) todo um povo de perdedores, sem poder e sem fé, esgotadas e esmifradas. Neste contexto, quais os partidos relativamente derrotados nas eleições de 4 de Outubro. Ainda assim, isoladamente vistos, foram o PS e o PC. E agora? Mais do mesmo? Quatro anos de continuidade insuportável? Costas voltadas para todo um povo necessitados de representação? como de pão para a boca nesta Europa de loucos?. O nosso Indianinho, que anda na politica desde os 14 anos não brinca en serviço, há muito que tinha o cenário claro e de certo modo previsto. Tudo na cabeça, confirmado pelo terreno minado que trilhava. Anunciou sinais, foi avançando com frases de aviso e de enquadramento, foi traçando limites, entretecidos com apoiantes e pensantes. Avançou pela força das realidades e das circunstancias, como normalmente é na vida. Lembram-se de Churchil em 1939-1941, ao encontro inevitável do seu destino de líder politico, ao encontro da sua "Finest Hour"? Também este período que vivemos é de guerra, a seu modo. Costa o estratega, munido do seu faro e coragem, entendeu. Estamos com ele! Acontece que Jerónimo também entendeu. Em fim de carreira e depois uma vida séria de labuta, não podia deixar de se perguntar pelo futuro do PC e dos que promete defender. Caso continuassem acantonados e de fora, a malhar no PS e a receber o Prof. Marcelo na Festa do Avante. O que seria deles e do seu eleitorado daqui a 3 ou 4 anos? Da Catarina não acho muito relevante falar. Esteve à altura, mas falta-lhe modéstia, profundidade e sobriedade. Preferia ter em destaque um Semedo, lucido e humilde. Preferia saber que Rosas vale alguma coisa, cheio de experiencia e de camadas de sabedoria e brilho mental. (Nunca Louçã, esse só baralha as hostes) Não sei se entendeu o que se espera dela, bem pois a meu ver tem a mania que é actriz, fala de mais, praticando a insustentável leveza do ser. Claro que falo de lideres (não coordenadores) enquanto representantes das suas preciosas instituições politicas mais ou menos vetustas, Pretendem interpretar e defender os interesses de um povo e merecer a confiança de milhões. Não estão sós ... mas por vezes também estão mal acompanhadas. Complicado, não é?

Anónimo disse...

perceber percebeu mas não quer largar o osso nem a cacete.

o que esta gritaria dos netos de Salazar vem recordar é que o pessoal do PP continua igual a si próprio, chorando o Estado Novo. E vem mostrar também que o PSD atirou ao lixo todas as pretensões de ser o que quer que seja ao centro. Tornou-se um partido liberal-conservador, maçónico. Adeus doutrina social da igreja, adeus social-democracia, adeus personalismo, o que vale é o culto do indivíduo. E não é só Passos, é também Cavaco, para espanto de muito psd. Talvez seja tempo de o actual PSD e o CDS juntarem os farrapos, correrem com Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, formarem um partido de direita e abrirem caminho à criação de um partido centrista, centrista mesmo e não de nome. Até podem lá pôr alguns militantes do Ps embora eu desconfie que se sentiriam mais à-vontade no tal PAF.

Anónimo disse...

Ai se o grande Mario Soares ainda estivesse cheio de saude!... Punha estes fachos puthistas na ordem

Anónimo disse...

Estou a ver que um dia destes temos de ir todos para a rua para impor o resultado das eleicoes e a constituicao a Cavaco.

anonimo disse...

anonimo do aconteceu.subscrevo quase na integra o seu texto