sábado, abril 28, 2007

Anatomia de um homicídio (não consumado)


Ia jurar que o cavalheiro de gabardine e óculos escuros que havia iniciado a perseguição ao incauto vereador era esse inspector conhecido no mundo virtual. Temi o pior, quando o vi, já na Praça do Município, levar sorrateiramente a mão ao bolso. Mas, felizmente, ele apenas bateu, à distância recomendada, uma foto, recolheu a máquina e desandou. Ouvi-o ainda cochichar a dobrar a esquina da Rua do Arsenal: — Da próxima vez, bato nas costas do heróico Fernandes. Os inspectores, para não serem confundidos com pássaros de saleta, não deveriam precisar de licença de porte de arma para cumprir cabalmente as suas funções.

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