quarta-feira, agosto 22, 2007

(Ainda) A palavra aos leitores – A gestão dos prazos na Provedoria de Justiça


Provedor de Justiça (a esfregar as mãos)



De um e-mail de um leitor:


    "Estão a construir um monstro na Av. Infante Santo, em Lisboa. Os habitantes da zona insurgiram-se naturalmente contra a obra. A Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) interveio, tendo emitido um relatório em Março de 2007. A Provedoria de Justiça leu compassadamente o relatório da IGAT, aguardando que a Câmara de Lisboa tomasse posse para lançar hoje fortes críticas ao “alheamento dos vereadores e do presidente” (Público de hoje, p. 18). Que diabo, Dr. Nascimento Rodrigues, a eficiência dos serviços da Provedoria não deixa muito a desejar? Ou houve o propósito de passar uma esponja sobre a gestão Santana/Carmona em Lisboa?"

4 comentários :

Anónimo disse...

É clarissimo como a água, este sr. tem feita e faz muitos jeitos ao PSD, só quem anda a dormir é que não repara.
Porque razão o provedor é sempre do psd? Não haverá gente de qualidade e independente, o que não é o caso,para ocupar o lugar?

Anónimo disse...

Não há financiamentos grátis.

Partindo do princípio de que as empresas de construção civil não financiam partidos para nada, não seria interessante investigar que contratos é que a Somague obteve nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes?
[Publicado por vital moreira] 22.8.07

Anónimo disse...

Ou "alheamento" da Provedoria face à atitude firme de um dos "vereadores" (Sá Fernandes)?

Anónimo disse...

Não há financiamentos grátis (5)
Não se pode aceitar a tentativa de desvalorização da gravidade do financiamento da Somague ao PSD em 2002, pelo facto de nessa altura isso constituir um "simples" ilícito contra-ordenacional, punido com sanção pecuniária.
Na verdade, não se trata de um financiamento qualquer, mas sim de uma empresa cuja actividade depende em grande parte das obras públicas, que ainda por cima foi agenciado por um responsável partidário que veio logo após a desempenhar o cargo de secretário de Estado dos Transportes, no ministério das Obras Públicas. Ora, por um simples juízo de racionalidade, é de suspeitar que uma empresa de obras públicas não faz financiamentos partidários clandestinos a não ser para pagar favores políticos passados ou futuros. E se isso se verificar, à contra-ordenação há a somar um ilícito penal, e bem grave.
Nesta altura do jogo, o mínimo que se pode reclamar é uma investigação aprofundada sobre o caso. Por menos do que isso, dada a sua dimensão local, está a presidente da CM de Felgueiras no banco dos réus...
[Publicado por vital moreira] 23.8.07