quarta-feira, julho 02, 2008

Notas soltas sobre um desastre anunciado [3]

Manuela Ferreira Leite acusou, na entrevista à TVI, que o défice foi “artificialmente empolado” em 2005. Esqueceu-se de mencionar um pormenor: o défice foi calculado exactamente pela mesma comissão que ela nomeou para calcular o défice de 2001.

O que serve para calcular o défice do governo de Guterres já não serve para o défice do governo de Barroso/Ferreira Leite?

2 comentários :

Anónimo disse...

Um pouco mais de seriedade, sff
A nova líder do PSD declarou que Portugal "não tem dinheiro para nada" e está "superendividado", pelo que não se pode fazer nenhum investimento público. Ora, que se saiba, o peso da dívida pública em termos de PIB está a diminuir nos últimos anos.
Também disse que quando o Governo de que ela foi Ministra das Finanças acordou com Espanha, em 2004, o projecto de alta velocidade ferroviária (com datas e tudo), a situação financeira do País era melhor do que hoje. Só como anedota política de mau gosto!
Decididamente, de um líder da oposição e candidato a primeiro-ministro é de esperar melhor do que estas "boutades" pouco sérias...
[Publicado por Vital Moreira] [2.7.08] [Permanent Link]

Anónimo disse...

Pela importancia do tema não podia deixar de o colar, aqui.

A provocação de Jardim
Imitando o chefe do governo do País basco, no seu desafio ao Estado e à Constituição espanhola, o chefe do Governo regional da Madeira anuncia um referendo na Madeira para uma «proposta de revisão constitucional».
É evidente que tal referendo não tem a mínima viabilidade constitucional, pois os referendos regionais só podem versar sobre matérias de competência decisória regional (legislativa ou política), não estando obviamente a revisão constitucional entre essas competências.
Mas a provocação política fica, devendo ter a devida resposta política. Fica-se a aguardar com a máxima curiosidade a reacção do Presidente da República, dadas as suas funções constitucionais, bem como da líder do PSD, a que Jardim pertence, e que não pode continuar a manter o habitual silêncio cúmplice perante mais esta insólita iniciativa do líder madeirense.
Aditamento
O que devia ser constitucionalmente possível era um referendo no País sobre saber se estamos dispostos a continuar a suportar estas "bizarrias" madeirenses.
[Publicado por Vital Moreira] [2.7.08] [Permanent Link]