quarta-feira, julho 02, 2008

“A senhora da nossa história não precisou de ir ao Haiti”¹





Não é a passagem do tempo por um banco do jardim de Santo Amaro. É a Educação para a Morte num banco no qual se não fala “em tratamento porque ele não existe.” Um livro bonito, que não podia ser mais triste. Não há dureza maior do que perceber que o tempo não volta para trás: “Só, devorando apenas as memórias boas. Não existe alternativa.” [p. 68]

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¹ Filipe Nunes Vicente, Educação para a Morte: “Sempre que via esta senhora tinha a impressão de um certo desfasamento. Explicando melhor: o cenário sendo uma mortalha, ela aparecia-me composta, contida e delicadamente conversadora. Tarde compreendi que estava em território zumbi. Os antidepressivos funcionavam, mas a droga zumbi era de outra natureza.” [Ler mais na p. 42]

1 comentário :

Anónimo disse...

Talvez a passagem do tempo por um banco do Jardim de Santo Amaro esteja mais perto deste livro do que o autor do post pensa.

Helena