quinta-feira, janeiro 29, 2009

Às vezes, até custa lembrar o óbvio...






              Helena Garrido


1. Surpreende-me que Helena Garrido, que ocupa, por direito próprio, uma posição relevante na comunicação social, não se dê conta de que os jornalistas estão a comer a palha que lhes dão para comer. “Dados” descontextualizados e, provavelmente, truncados não são informação.

2. Acresce que, num sistema em que vigora o “segredo de justiça”, os “acusados” não têm acesso à informação, pelo que não podem sequer defender-se do que desconhecem em absoluto.

3. Não sendo preciso recordar outros processos, o que se passou em 2005 com o caso Freeport ensina-nos como estas coisas se montam.

É bom recordar que, na sequência das investigações à quebra do segredo de justiça por parte da revista Tempo e do Independente, um dos nomes citados por ter participado em “encontros” entre jornalistas e investigadores da Polícia Judiciária é o de Miguel Almeida, que foi vereador de Pedro Santana Lopes na Câmara da Figueira da Foz, depois chefe de gabinete de Santana quando este foi presidente da Câmara de Lisboa e primeiro-ministro, e que, na hora actual, é um destacado membro daquele grupo parlamentar concebido, segundo Marques Mendes, numa noite de nevoeiro. Suponho que Miguel Almeida não apareceu nos “encontros da Aroeira” por distracção ou magia...

2 comentários :

Anónimo disse...

Em que ponto está o processo sobre este sr., responsavel por fugas do de segredo de justiça, passando-as para a imprensa?

Anónimo disse...

Mas se, segunda consta, as informações a circular na impressa são falsas pq é que se vai investigar fugas de informação?