1. É preciso, na verdade, alguém com a capacidade de um Sherlock Holmes para orientar a investigação no caso Freeport. Mas não é preciso procurar mais. Esta noite, atento e venerando como quase sempre às crónicas do Prof. Marcelo, vi a luz. Ali estava Sherlock Holmes reencarnado.
Com a inteligência fria e rigorosa da personagem de Conan Doyle, Marcelo esmagou-nos com a verdade. No caso Freeport, diz o professor depois de ter estado a reflectir na baía de Luanda, ou todos meteram o dinheiro ao bolso ou foram só alguns a fazê-lo ou nenhum meteu dinheiro ao bolso.
Julgo que se impõe que Marcelo explique, de preferência através de banda desenhada, esta verdade àqueles que justamente criticou por não a compreenderem: o procurador-geral, a directora do DCIAP, Freitas do Amaral, Silva Pereira, Proença de Carvalho, etc.. O passo seguinte é Marcelo dizer qual destas hipóteses é a verdadeira e, se alguém tiver metido dinheiro ao bolso, explicar quem foi. Aposto que o fará na próxima semana.
2. Para além desta vocação investigatória, Marcelo — aliás, Acácio — voltou a mostrar todos os seus dotes de conselheiro, que lhe valeram a nomeação para o cargo que agora ocupa. Sugeriu ao Presidente que dissesse “duas palavras de forma discreta, que é serenidade, bom senso e confiança”. Como é que ninguém se tinha lembrado disto, de dizer estas duas palavras, que, afinal, são três?
3. O Prof. Marcelo acha que não se pode embandeirar em arco e pedir eleições antecipadas só porque a oposição está a subir nas sondagens. Como se sabe, todas as sondagens, incluindo a de ontem, confirmam esta subida da oposição, em especial do PSD.
1 comentário :
Reparou que o Prof. Marcelo, em relação aos procuradores (Pinto Monteiro e Cândida Almeida), a Proença de Carvalho, a Freitas do Amaral e a todos os que se indignaram com o ataque soez a Sócrates, resumiu tudo com um "Coitados estão com boas intenções". É um espertalhaço este Marcelo e julga que nós somos todos burros. Depois reparou concerteza no horror que lhe causava a ideia de eleições antecipadas. Ele lá saberá poquê...
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