sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Leituras

• Manuel Caldeira Cabral, Todos somos suspeitos:
    “Os casos jornalísticos que evolveram José Sócrates partilham algumas características comuns. A primeira é que todos se referem ao passado e nenhum à sua actuação como primeiro-ministro. A segunda é que todos são baseados em evidência dificilmente aceite em tribunal e em nenhum é clara a acusação feita a José Sócrates. A terceira é que em quase todos estiveram envolvidos aspectos da vida pessoal. A quarta é todos terem alimentado notícias por mais de uma semana, embora, em muitos casos, nada de relevante, novo ou diferente tenha surgido nas semanas subsequentes.

    Embora algumas destas características já tenham surgido em anteriores casos, não foram a prática corrente no passado. Muito menos aplicadas à vida dos anteriores primeiros-ministros. Nenhum de nós soube grande coisa sobre a forma e preço pelo qual Sá Carneiro, Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso ou Santana Lopes compraram as suas casas. Se estas foram compradas mais caras ou mais baratas que as dos vizinhos.”
• Nouriel Roubini, É hora de nacionalizar os bancos insolventes:
    “Há quatro métodos para sanear o sistema bancário, que se confronta actualmente com uma crise sistémica: recapitalização dos bancos, de par com a compra dos seus activos tóxicos por um "bad bank" estatal; recapitalização, de par com garantias governamentais - depois de uma primeira perda por parte dos bancos - dos activos tóxicos; compra pelo sector privado de activos tóxicos, com uma garantia estatal (o actual plano do governo dos EUA); e nacionalização incondicional (ou "recuperação judicial pelo Estado" se não gostarem desse termo grosseiro) de bancos insolventes e sua revenda ao sector privado depois de terem sido saneados.

    Dos quatro métodos, os primeiros três apresentam sérias deficiências (…).

    Assim, a nacionalização pode ser, paradoxalmente, uma solução mais favorável para os mercados: eliminará os accionistas ordinários e preferenciais das instituições claramente insolventes e possivelmente os credores sem garantias se a insolvência for de larga escala, ao mesmo tempo que representará uma carga menor para os contribuintes. Pode também resolver o problema da gestão dos activos tóxicos dos bancos, através da revenda da maioria dos activos e depósitos - com garantia estatal - a novos accionistas privados depois de um saneamento dos activos tóxicos (como foi o caso da opção tomada na falência do banco Indy Mac).

    A nacionalização também resolve o problema dos bancos de importância sistémica, isto é, dos bancos demasiado grandes para falirem, e que, por isso, precisam de ser resgatados pelo governo com um elevado custo para os contribuintes. Com efeito, o problema agravou-se, porque a actual abordagem levou os bancos débeis a comprarem bancos ainda mais débeis.”

1 comentário :

Anónimo disse...

I rest my case
Rogério da Costa Pereira

"Manuela Guedes - ... as próprias câmaras de televisão só podem apanhar de frente as pessoas ... ahhh ... foi tudo estudado não se pode fazer lá dentro os planos que nós queremos...

Correia Guedes - ... que era habitual fazer ... eu reparei ... eu reparei na ausência desses planos ... ahhh ... não sei se são proibidos.

Manuela Guedes - não não, estamos proibidos de fazer de fazer muitas coisas lá dentro...

Correia Guedes - mas dantes havia planos da assistência, planos do que as pessoas estavam a fazer.

Manuela Guedes - é uma coisa um pouco estranha, mas estamos proibidos!

Correia Guedes - planos da mesa e contra-campos, ou seja, planos na direcção da sala e não na direcção do orador e hoje não vi nada disso ... ehhh ... não sei se...

Manuela Guedes - ó Vasco, houve um ... houve um dos temas...

Correia Guedes - pra já aquilo está eficientezinho, não é? ehhh ... ehhh ...

Manuela Guedes - Não, não, este Governo é muito eficiente nessa matéria.

Correia Guedes - o produto ... ehhh ... ehhh ... está muito bem embalado, etcetera."