terça-feira, junho 02, 2009

"Imposto europeu" [3]

Afinal, Paulo Rangel não está "fechado" a discutir um imposto europeu. O qual - salienta - nem sequer seria "necessariamente negativo".
O único problema é que o tema foi trazido para a campanha por outro partido. E, obviamente, como a ideia foi proposta por outro partido só pode ser mal intencionada.
Quando os jornalistas do Jornal de Negócios insistem, Rangel atrapalha-se: a ele não lhe compete a "análise política". Pois não. Pelos vistos, só lhe compete a má-fé de colocar nas propostas de outros coisas que os outros não disseram ou pensaram:

Mas é contra um imposto europeu? Há quem argumente que aumentaria o envolvimento e o sentimento de pertença dos europeus perante a UE...
Uma pessoa sentir que está a pagar um imposto é uma coisa negativa: não sei se aumentará o sentimento de pertença ou de repulsa. Em todo o caso, não acho que fosse necessariamente negativo. Não estou fechado a isso. O que eu digo é que sou totalmente contra um aumento da carga fiscal à custa de um imposto europeu. As palavras de Vital Moreira foram intencionalmente ambíguas e têm sempre por detrás de si um aumento da carga fiscal, por mais que se diga que não.

Mas um imposto europeu não tem necessariamente de representar mais carga fiscal. Porque é que acha que um candidato que vai a eleições teria vantagem em falar alguma coisa que possa ser interpretada como aumento de impostos?
A mim não me compete a análise política sobre se ele fez bem ou mal. Se ele pensa aquilo, fez bem, porque devemos falar verdade aos eleitores. Mas tem de ser confrontado com o que diz para avaliarmos a prestação
de cada um.

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