A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns casos, de respiração assistida.
Título na primeira página do Jornal de Negócios de hoje:
Ex-ministros defendem suspensão dos projectos públicos.
Ex-ministros ouvidos pelo Jornal de Negócios:
Eduardo Catroga e Mira Amaral.
O trabalho que deve ter dado ao Jornal de Negócios encontrar dois ministros que sustentassem o título que já estava escrito na primeira página. Ou, talvez, ignorar todas as opiniões contrárias...
2 comentários :
O jornalismo em Portugal agora (já não é de agora) faz-se assim:
Alguém (linha editorial) decide que a notícia a "dar" é, por ex, criar corrente contra "obras públicas" .
Então são pensados títulos retumbantes e procuram-se as opiniões de "experts" ou gente "importante" que acene com a cabeça ao que o jornalismo quer, que sustentem, que lhes dê corpo, que faça a notícia chegar à consciência dos leitores ou espectadores como se fosse uma "verdade" inquestionável.
Normalmente estes fautores raramente colocam na mesma notícia uma opinião divergente, um contraditório e se o fazem é sempre fora de tempo ou truncando as respostas, ou desviando o assunto e de preferência escolhendo alguém para falar que não esteja bem dentro do assunto, alguém que até nem era indicado para defesa da coisa.
E assim, ocultos sob a capa da isenção, estes fautores conseguem condicionar os cidadão e apresentam as suas "notícias" prontinhas a comer, ainda a fumegar, como se tivessem encontrado inocentemente e inesperadamente na rua aquelas opiniões favoráveis à causa jornalística
Esses dois "velhinhos" já tiveram o seu tempo e, nesse tempo deram cabo do País.
Estes e outros EX, fazem-me lembrar aquele artista que canta até morrer, mesmo que a voz seja um desastre.
Será que não netinhos para cuidar?
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