sexta-feira, novembro 13, 2009

Freeport: coisas que agora descobrimos

    (…) tudo indica que as autoridades inglesas não encontraram provas que pudessem sustentar uma acusação de corrupção a Charles Smith e a outras pessoas ligadas ao Freeport. Aliás, como se percebeu pela leitura da carta rogatória enviada pelos ingleses para Portugal, grande parte da investigação inglesa estava suportada pelos dados fornecidos pelo Ministério Público português [a célebre denúncia “anónima” congeminada entre gente da PJ, da política e da comunicação social, designadamente nos célebres “encontros da Aroeira”, e enviada, em 2005, para o Reino Unido]. Em suma, da parte da polícia inglesa nada de extraordinário tinha sido descoberto com relevância para a investigação em curso. Aliás, enquanto em Portugal, o SFO era elevado à categoria de grandes investigadores criminais em matéria de corrupção e branqueamento de capitais, em Inglaterra aquela agência foi alvo de fortes críticas por parte de dois advogados, Arturo John e Ben Rose, responsáveis por uma auditoria aos serviços da agência.

    "O SFO está envolvido num fiasco que pode ter ditado o destino do primeiro-ministro português, José Sócrates, e determinado o resultado das eleições de Setembro", escreveram ambos, no jornal The Times.

    De acordo com informações recolhidas pelo DN, Charles Smith nunca foi confrontado em Inglaterra com elementos verdadeiramente novos. Apenas com dados recolhidos no processo português que lhe foram exibidos pela polícia inglesa. O único dado "novo" com que foi confrontado foi com um DVD, onde aparece a dizer que pagou luvas ao então ministro do Ambiente, José Sócrates.

    Nessa altura, Smith terá dito à polícia inglesa que inventou a história de forma a que a empresa Freeport lhe pagasse o IVA de algumas facturas, porque estava a ter problemas com as Finanças em Portugal. Por cá, a investigação continua, à espera de mais elementos.

1 comentário :

PEDRO L disse...

Ó Miguel sou obrigado a agradecer-lhe enquanto cidadão Portugues, que está interessado em acompanhar a modernização do País, acompanhar as grandes obras públicas, um papel mais interventivo do estado sobre as Empresas Privadas, o papel da solidariedade e da ajuda aqueles que mais precisam. E só com esta paz de espírito, os membro do Governo e o Próprio Primeiro Ministro, são capazes de Governar ! com aquilo que prometeram aos portugueses.
OBRIGADO em nome daqueles que querem o bem de Portugal, seja de que partido forem, sejam de que raça, credo forem, desde que sejam honrados.
OBRIGADO.
PEDRO L