- ‘Terminado o acto eleitoral, devo felicitar o candidato, como fiz, aliás, há cinco anos, como candidato derrotado. Trata-se de um ritual democrático, que deve ser respeitado, porque em democracia, os políticos, dos diversos partidos e os independentes, não se consideram inimigos, mas tão-só adversários ocasionais.
Estranho e lamento que o candidato Cavaco Silva não o tenha feito, no passado domingo, em relação aos seus adversários. Como aliás lamento os dois discursos que proferiu no momento da vitória. Em lugar de ser generoso e magnânimo para com os vencidos, foi rancoroso. O que, além de lhe ficar mal, quanto a mim, representa um erro político grave que divide Portugal precisamente quando mais o devia unir.
A verdade é que as últimas eleições mostram que o nosso país está mais dividido do que nunca. E, além disso, desorientado. Por isso, o Presidente ora reeleito deveria ter feito um discurso positivo, voltado para o futuro, e não um discurso que divide mais os portugueses, com a agravante de que, feitas bem as contas ao volume da abstenção, a metade que votou nele está longe de ser maioritária...’
4 comentários :
Mas quem é ainda leva a sério o Soares?
Acho que o actual PR não tem perfil de estadista, não sabe comunicar,não tem poder de encaixe, em suma é como um elefante numa loja de vidros...
Para quando a publicação integral do artigo?
Soares tem toda a razão quanto a Cavaco, mas peca, no resto do seu Artigo, na crítica extemporânea que faz ao P. S. quanto à escolha de Alegre. Teria sido útil e acertado se tivesse avisado na altura certa. Agora é demasiado fácil e, sobretudo, tarde demais...
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