quarta-feira, abril 13, 2011

A maldição de Santana

• Manuel António Pina, O agente duplo:
    ‘(…) Ah, a tal teoria. É ela que o juvenil Pedro Passos Coelho, putativo futuro ex-primeiro ministro, é um infiltrado do PS.

    (…) sempre que as sondagens pareciam dar ao PSD vantagem sobre o PS, Passos Coelho vinha a público estragar tudo: foi o anúncio de que o PSD acabaria com a proibição de despedimentos sem justa causa, com a escola pública, com o SNS; de que o PSD aumentaria o IVA; de que o PEC 4 não foi, afinal, "suficientemente longe"... Agora, coincidindo com nova sondagem, revelou à TVI que, contrariamente ao que dissera para justificar o voto do PSD contra o PEC 4, teve conhecimento prévio do documento e até o debateu pessoalmente com o primeiro-ministro em S. Bento.

    Se Passos Coelho não for o director-sombra de campanha do PS para as próximas eleições é, pelo menos, um agente duplo.’

2 comentários :

FB disse...

O “agente duplo” não se tem distinguido pela boa educação, pela verdade e pela responsabilidade.
No estado em que estamos, por causa da sua ânsia em ir ao pote, sob a ameaça de os “companheiros” (assim chamados) o mandarem para uma longa cura ambiental para lá do Marão, não hesita em agravar a percepção que têm de nós aqueles que vão fixar os juros do empréstimo que nos vão fazer, e naturalmente decidir se o fazem. Seria bom recordar que, sobretudo com a hegemonia conservadora que grassa na Europa, basta que um dos países recuse o empréstimo para que entremos em bancarrota (coisa que estava fora do horizonte do PEC, sobre o que ele bruscamente e egoisticamente decidiu forçar o PSD a chumbar). Um pouco de tento na língua seria bom para todos.
É extraordinário que seja convidado ao diálogo pelo primeiro-ministro, e ao sair hoje de lá, meia dúzia de passos feitos, exiba aquele espírito guerreiro de quem se apressa para colher sem pudor o fruto de meia dúzia de anos de calúnias, insinuações, infâmias por parte do partido a que pertence, e não só.
As lutas políticas não devem eclipsar uma dimensão institucional, e é bom para a democracia que estes pretendentes, como todos os outros, dêm bons exemplos de urbanidade. Porque é condição para merecerem o respeito dos eleitores.
Pretenderá ele, quando chegar ao pote (se é que lá chega...), ser respeitado?

Anónimo disse...

Cada vez mais me convenço que a Passos, para além da falta de estatura politica, existe também uma certa falta de QI ao nivel da média...