O Hugo Mendes sustentava há dias, e recorda isso hoje, que a estratégia do Governo parecia ser a de aumentar impostos até que as pessoas se sintam saqueadas e a salivar pelo momento em que a fúria do Governo se virasse, finalmente, para a despesa — em rigor, para o Estado Social.
Para atingir esse objectivo, Passos Coelho precisa de dividir. Antes do mais, atirar os desempregados contra os “parasitas” que vivem à custa do Estado. Ensaiou a jogada nas Jornadas Parlamentares do PSD, quando fez um apelo à multidão para que dê contributos para a “reforma do Estado, incluindo o Estado Social”. Mas, ainda que Relvas trate diariamente de o plebiscitar pelos seis milhões de telespectadores, não é seguro que Passos Coelho tenha à mão a Evita que permita ao populismo abalançar-se a mais altos voos. Veremos.
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