quarta-feira, setembro 14, 2011

Os tais “cortes históricos” na máquina do Estado

      "Passos Coelho calou hoje, na AR, os que sofrem de ejaculacao precoce com as criticas à propalada lacuna nos cortes da despesa do Estado."

Os “cortes históricos” na máquina do Estado foram hoje anunciados por Passos Coelho: extinção de 137 entidades e 1.712 dirigentes na Administração Central. O João Galamba lembra aqui que, na sequência do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), a insuspeita Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) à Assembleia da República concluiu e divulgou que, em 2006 e anos seguintes, o Governo de Sócrates conseguiu uma mais significativa extinção de serviços e redução de cargos dirigentes no Estado. Sem bazófias nem atritos que paralisem a máquina do Estado (cf. aqui).

3 comentários :

Jorge Silva Paulo disse...

Foi o próprio autor do PRACE (Prof.Bilhim-ISCSP) que disse que fi cou muito aquém das expectativas e que não foi bem executado. Na verdade, quem sabe do que fala, sabe que o que foi cortado no contexto do PRACE eram grupos-tarefa que já estavam inactivos havia longo tempo, ou pequenas fusões, que não produziram nenhuma poupança nem aumento de eficiência.

Anónimo disse...

Pois é, mas depois era o outro que tinha uma máquina de propaganda que tudo cilindrava...

Anónimo disse...

Falta saber QUAIS e COMO. Suprimir 1712 dirigentes não significa - longe disso - que sejam suprimdos 1712 vencimentos. Desde logo porque este número é feito com base das Leis Orgânicas dos organismos e não com base nos efectivos em exercício. E há dezenas de organismos com centenas de lugares de quadro por preencher logo, extinguindo lugares não ocupados não traz poupança nenhuma.
É claro que há espaço para reorganização e reestruturação mas tenho sérias dúvidas que muitas destas intenções não se traduzam apenas em transferências de funções do Estado para o sector privado. Que alguém vai ter de pagar...

Mas sejamos honestos: o actual governo já teve uma enorme vitória: conseguiu que ninguém, em Portugal,nesta altura, defenda o serviço público e as funções do Estado. Os privados agradecem, o cidadão, mais cedo do que pensa, pagará.