- ‘Há quem ache boa ideia inscrever na Constituição uma interdição genérica dos défices orçamentais tendo em vista impedir desvarios governativos. E que tal aprovar uma lei que obrigue os automobilistas a conduzirem algemados para prevenir manobras perigosas? Muito estúpido, certo?
Taxar algo ou alguém de estúpido é tido como desagradável, um non sequitur que bloqueia o debate e desencadeia uma escalada de insultos. As boas maneiras instituem assim um pudor de nomear a estupidez de que ela se aproveita para andar por aí à solta.
A leitura do debate que, a propósito da utilidade de se construírem estradas, opõe n' "A Morgadinha dos Canaviais" o Sr. Joãozinho, o Brasileiro e o Pertunhas sugere-nos que é muito mais difícil desmontar um argumento estúpido do que enfrentar um inteligente; logo, a estupidez tenderá a crescer mais rapidamente do que a nossa capacidade para contê-la. Da primeira vez que me apercebi disso entrei em pânico. Depois, consolei-me pensando que não é preciso perder demasiado tempo a discutir argumentos estúpidos porque as pessoas são intuitivamente capazes de recusá-los. Mas serão mesmo? (...)’
2 comentários :
Apesar de A. José Seguro se mostrar disponível para, após o Congresso, encetar negociações com o PSD sobre a revisão constitucional, só se deseja que tenha bom-senso, não vá a reboque de Passos Coelho e não caia na esparrela da Senhora Merkel...
Sobre a Estupidez é interessante ler os livros "Teoria Geral da Estupidez Humana" e "Elogio do Imbecil" para se perceber na íntegra, penso eu, como funciona as poucas células cinzentas dos nossoa governantes.
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