Milu, a nova administradora do Turismo de Portugal, explana a sua visão [3]

Pergunta Sérgio Lavos: “Quem poderá duvidar das capacidades comunicativas e dos conhecimentos na área do Turismo desta super-girl para todas as estações?” Eu respondo: quem estiver ao corrente das reflexões no domínio do turismo da ex-jornalista da secção laranja do DN não pode, se estiver de facto de boa-fé, pôr em causa as suas qualificações para o desempenho do cargo para o qual foi agora alçada. Leia-se O palito, prosa escrita no dia das últimas eleições presidenciais, na qual isola o problema que pode afectar o desenvolvimento do turismo em Portugal: “Não é possível vendermos a imagem de um país turisticamente atraente mantendo este hábito à mesa.” Eis uma passagem da citada reflexão da Milu:

‘Em Portugal, o palito ainda subsiste. Nos piores e nos melhores restaurantes, é possível encontrar este utensílio, para que, no final da refeição, alguns dos comensais possam ter o atrevimento de escarafunchar - com a mão à frente da boca ou à descarada - os seus próprios dentes e as suas próprias gengivas, deixando que os outros adivinhem o resultado de tal acção. É algo que tem de ser erradicado. Não é possível vendermos a imagem de um país turisticamente atraente mantendo este hábito à mesa. O uso do "palitinho" diz muito acerca de um povo. Quando alguém se escarafuncha a si próprio, é possível imaginar o respeito que essa pessoa tem pelos que a rodeiam. Acabar com o palito é uma demonstração de interesse pelo bem comum e um sinal de civismo. Como hoje é dia de reflexão e voto, pensemos nisto.’