- '(...) A Europa enfrenta hoje um sério problema de bem-estar económico, dada a ameaça de recessão prolongada que afecta muitos dos estados-membros da União, vê a coesão das suas sociedades fortemente questionada e não pode ter certezas quanto ao destino das suas próprias liberdades públicas. Ainda há dias, um dos mais eminentes colunistas do Financial Times, Martin Wolff, lembrava que foi a austeridade radical e não a hiper-inflação que conduziu Hitler ao poder nos anos trinta na Alemanha. Estamos perante um cenário ameaçador que não devemos ignorar.
Diante de tal estado de coisas, o problema da perda de influência da social-democracia adquiriu especial relevância. Nunca como hoje foi tão imprescindível a afirmação de uma linha de orientação política que se oponha ao modelo liberal-conservador, sem cair na tentação da crítica radical e simplista ou do contra-projecto utópico e inviável. Precisamos de uma esquerda forte, realista, capaz de se adaptar às circunstâncias sem se deixar esmagar por elas.'
2 comentários :
Ele costuma conversar sobre estas coisas, entre uma palmadinhas nas costas e alguns esfreganços, com o CAA e outros no bar da Lusíada quase todos os dias...
Já agora, queria uma esquerda que soubesse escrever MARTIN WOLF.
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