- • Shyznogud, Das histórias mal contadas:
‘E termino com um pedido à RTP: por peças já mostradas é evidente que a RTP tem imagens muito mais nítidas do episódio que aquelas que circulam na net, veja-se aqui a partir do 1m30s, quando se diz "a RTP estava lá" (fonte da imagem que ilustra este post). Será que não poderiam disponibilizar mais do que os poucos segundos que se vêem dessas filmagens? Seriam, tenho a certeza, muito importantes para entender melhor o acontecido e, além do mais, constituiriam um furo. Ah! E compensavam o facto de só terem reagido, mostrando as imagens de que dispunham, depois da TVI ter pegado no tema.’
• Alexandre Rosa, A minha leitura do dia e Seguro na Convenção do PSE
• A.R., Direitos sociais
• FNV, PAVIA
• João Lopes, "José Sócrates", os "mercados", etc.
• João Pinto e Castro, As coisas que este homem sabe
• João Rodrigues, Fim dos liberalismos?
• José Simões, Humor negro
• Jumento, Está na hora de responder aos canalhas
• Paulo Baldaia, PSD de Portalegre falha aos eleitores
• Pedro Romano, Ensino vocacional - uma ajuda de curto prazo?
• Rui Bebiano, «Imaterial», o tanas
• Xavier, powerpointware
2 comentários :
caro João Lopes,
A repetição continuada, sistemática, insistente e permanente de uma "figura" subjectiva, idealizada e imaterial, como a impessoal ideia de "mercados", serve precisamente para formatar na mente das pessoas uma ideia de inevitabilidade:uma necessidade inevitável,isto é uma ideia de deus omnipotente e implacável sem escapatória possível.
Serve para a formatação do indivíduo ao conformismo, à obediência, ao grande medo.
José Neves, a noção impessoal de mercado, subjacente á própria noção de actividade comercial e financeira, é perfeitamente adequada -- indispensável mesmo -- para se perceber a sua natureza estatística, económica e psicológica.
«O mercado», no presente contexto, quer dizer apenas o conjunto dos potenciais compradores de obrigações emitidas por um determinado estado, e nada mais do que isso.
Outra questão, bem distinta, será a das formas de se influenciar o mercado, e aí é que se deverá entrar em linha de conta com o horror das nações, culturas e/ou alianças (outras abstracções «impessoais» indispensáveis) ao vácuo de poder. Uma curta investigação, mesmo superficial, das possibilidades abertas nesse domínio pelo progresso tecnológico da informática, comunicações electrónicas e astronaútica do pós-guerra à aquisição anglo-saxónica (USA, UK, CAN, AUS e NZ) de poder, por intermédio do projecto clandestino conhecido como "Echelon", ilustra adequadamente o que quero dizer. Por outras palavras: onde existe extensão potencial de poder, existe o desejo de o adquirir e controlar.
Quer saber o que são os mercados, essas entidades fantasmáticas que tanta gente intrigam? Bom, tudo o que tem a fazer é ler Smith, Mises, Hayek ou -- melhor ainda, do ponto da vista da concisão prática -- Murray Rothbard ou Douglas Casey.
Só depois disso, se quiser então saber o que pode influenciar o comportamento dos mercados finalmente compreendidos, é que se poderá abalançar a tentar compreender uma coisa geralmente bem mais difícil e complexa, a saber, o que pode quem já dispõe de considerável poder fazer, de forma prática e nada metafísica, para influenciar um determinado mercado no sentido que lhe interessa.
Para o caso vertente -- o da dívida das nações e seus nacionais no início do século XXI -- recomendo não só manuais de psicologia de massas como o sempre actual "Extraordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds" de Mackay, mas ainda a história da National Security Agency americana (pelo paralelo do Echelon e do vácuo que preencheu), o estudo (certamente difícil!) dos aspectos menos claros do funcionamento das actuais agências de rating, e -- para não perder o contacto com as licenças do mundo real -- os livros do Ian Fleming que possa ter à mão.
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