sexta-feira, janeiro 27, 2012

Ainda assim, atirar o barro à parede?

A catadupa de nomeações para os gabinetes ministeriais continua. E com elas a referência nos despachos ao direito a receber os subsídios de férias e de Natal: hoje, por exemplo, aqui com Paula Teixeira da Cruz e aqui com Francisco José Viegas. É certo que prevalece o disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 21.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Orçamento do Estado para 2012), mas não seria mais curial fazer alusão à suspensão do pagamento dos subsídios durante a “vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira” — como o Governo se viu forçado a fazer para anular os efeitos pretendidos com este despacho manhoso?

PS — Este é apenas mais um que marcha para o gabinete de Francisco José Viegas (ainda não consta da lista de nomeações do site do Governo). Para quê tanta gente avençada, Francisco José, se a Cultura sofreu um corte das arábias? Entretêm-se todos com jogos de salão?

2 comentários :

Portas e Travessas.sa disse...

Há Portugueses e Portuguesas que, se regem pelas leis actuais e, outros e outras Portuguesas, que se regem por interesses deste governo - e temos o Dr Anibal a dizer que as reformas não lhe chega e, que é o Pai e o Padrinho destes cachopos e cachopas.

Enfim, por mim, não estranho - uma cambada de habilidosos tomaram conta do "pote".

Portas e Travessas.sa disse...

O Banco de Portugal comprou, por ajuste directo, equipamento de golfe avaliado em 5 mil euros, numa aquisição que fez a 9 de Setembro de 2010, já Carlos Costa era governador da entidade reguladora. A aquisição foi feita à Yamaha Motor Portugal e envolveu um carrinho de golfe. Esta aquisição consta do Base, portal de governo onde são divulgados todos os ajustes directos feitos por entidades públicas.

Desconhece-se se há mais entidades reguladoras da zona euro a adquirir equipamento de golfe para os seus quadros. Recorde-se que a entidade supervisora da banca nacional não cortou nos subsídios de férias e de Natal dos seus funcionários, dado que se rege pelas regras dos seus congéneres, segundo explicou o primeiro-ministro esta semana.

O processo está identificado com o número 183336 e a compra, lê-se, teve um prazo de execução de dez dias, o que deverá ser interpretado como prazo de entrega. O documento não especifica, porém, que tipo de equipamento foi adquirido pelo Banco de Portugal, no valor de 5115,70 euros. Sabe-se que a empresa que fez a venda por adjudicação directa tem dois tipos de veículos para este desporto em Portugal: o pessoal ou o utilitário.

A Yamaha Portugal tem dois tipos de modelo para venda no país. Dentro do transporte pessoal oferece dois carros. Um, o G29 E 48 Volt, é “silencioso, forte, bonito e divertido”. E há o G29A 4 – stroke, que promete, “como os melhores golfistas do mundo, dominar as técnicas mais requintadas”. O texto promocional do modelo pergunta ainda: “Porquê acreditar em tudo isto? A experiência pessoal é o melhor conselheiro.” Já o modelo utilitário, o YTF2, é descrito como “um parceiro perfeito para um dia de trabalho duro”.