• João José Brandão Ferreira, Razões históricas para motins militares [hoje no Público]:
- ‘Relativamente à "carreira" - que nos militares adquire uma importância que não tem paralelo em qualquer outra profissão -, o actual congelamento das promoções faz com que o Decreto-Lei n.º 373/73 (que deu origem ao 25 de Abril) pareça uma brincadeira de crianças. Julgo que não preciso de dizer mais nada.
E quanto ao facto de os militares se sentirem atraiçoados, ainda se pode distinguir três vertentes: o "comandante supremo" (que, aliás, não manda nada), que desapareceu, aparentemente, em combate; os governantes que não sabem o que querem, não têm política para coisa alguma, a não ser para os 3RR - reduzir, reduzir e reduzir -, não cumprem leis que aprovam, mudam regras a meio do jogo e têm, numa palavra, destruído paulatinamente uma instituição sem a qual o país não se sustém; e sentem-se também atraiçoados pelas chefias militares, pois não têm ninguém que os defenda.
Não contentes, porém, em deixar medrar uma das razões que historicamente levam a motins nas forças militares, juntaram-nas todas três, em simultâneo. Convenhamos que era difícil fazer pior em qualquer parte do mundo!’
5 comentários :
Brandão Ferreira é um nojo, representa o pior do corporativismo militar - o engraçado é que já não está nas Forças Armadas há uns bons anos, visto que resolveu sair para a "peluda" e ganhar uns cobres na aviação comercial, coisa corrente em muito PILAV. Tudo isto disfarçado de um falso patriotismo e complexo quixotesco.
Sempre a mesma lengalenga da carreira (as outras não prestam, só a militar é que é importante), quando anda toda a gente a sofrer com isso, isto é, com a estagnação profissional. Nem uma palavra sobre os militares contratados, que também não têm sido promovidos e o seu tempo nas fileiras é bem inferior aos dos quadros permanentes. São militares de segunda, na cabecinha dos carreiristas; querem corroborar isto? Enfiem umas escutas e câmaras dissimuladas numa qualquer unidade militar.
Esta divisão dos militares em contratados e de carreira só serve para criar anticorpos a um levantamento de rancho, a um motim ou a um golpe; se os primeiros resolvem levantar-se, os segundos impedem-nos e vice-versa. Dividir para reinar.
Andamos a pagar cursos aos alunos das academias, a conferir-lhes antiguidade quando ainda são cadetes para esta palhaçada?
De onde vêm todos estes problemas? Por mais incrível que pareça,vêm da contestação ao Decreto-Lei n.º 373/73; este acto normativo pôs a nu que nas Forças Armadas portuguesas não havia e NÃO HÁ meritocracia, só mesmo a pedinchice da promoção automática. Os senhores dos quadros permanentes, muitos deles do ar-condicionado e não - como reza a historiografia oficial - da guerra no mato, estavam de rabinho tremido porque os oficiais milicianos (que eram quem mais combatia em 1973) lhes estavam a passar à frente na carreira. A terra é de quem a trabalha? Nas Forças Armadas Portuguesas não, infelizmente.
Para os Brandões Ferreiras e restantes complexados que acham que um uniforme é supremacia sobre todos os outros (incluindo o uniforme policial ou a beca de magistrado), o importante é a carreira, o amor à Pátria que se lixe. Isso é pretexto para andar com lamúrias em blogues e jornais.
Esta austeridade é boa? Não, é péssima para todos; mas já basta ter de gramar com os Catrogas e demais isentos dos sacrifícios (ou melhor, chulice) e agora com estes choramingões fardados.
Brandão Ferreira, escreve assina e não insulta. Um qualquer anónimo escreve asneiras e enormidades e é publicado.
Só para EXPLICAR a esse senhor anónimo que os militares tem mérito no acesso aos postos superiores, onde só cerca de 10% ou menos ainda, acabam por aceder.
No caso de muitas carreiras no Estado, nomeadamente professores e magistrados entre outros, TODOS ACEDEM AO TOPO da carreira com avaliações, no caso dos juízes de MUITO BOM para todos.
Os juizes ainda se reformam após 25 anos de serviço, e nenhum general o poderá ser com menos de pelo menos 30 anos de serviço efectivo.
Fiquem a saber que um professor primário, ou do secundário, aufere no ultimo escalão tanto como um oficial general ( dos tais < k 10% do total dos militares).
Os professores universitários, que são aos milhares, auferem tanto como os Chefes de Estado Maior dos Ramos que são apenas 3...
Mas nem é uma questão de vencimento, o pior é que as forças armadas passam a ficar com dificuldades de funcionamento.
Se esse anónimo tem medo das consequências....lol....pode estar tranquilo, pois a borrasca não está para breve..
O governo pode acabar com as FA, mas então que assuma e diga porquê...
Será que o Brandão Ferreira também vai levar com um inquérito do MP?
É isso é, ó Lima. Isso e o Pai Natal descer pela chaminé do pessoal na reserva e dar-lhes um dinheirito interdito a boa parte dos portugueses.
Dificuldades de funcionamento? Toda a gente as tem. Lá no meu "tacho", pagámos do nosso bolso para arranjar um tecto e várias janelas que estavam - como se diz na gíria militar - INOP.
Qual foi o chefe militar que se preocupou com o funcionamento das unidades no tempo do SMO? Respondo: nenhum. Mesmo com carros de combate a cair de podres, submarinos a precisar de rendição e aviões de combate do tempo da guerra da Coreia (F-86 Sabre). Lembra-se? Eu lembro-me.
Lembra-se do generaleco da Força Aérea que ignorou o relatório dos voos rasantes dos espanhóis sobre as ilhas Desertas? Eu lembro-me.
Juízes? Reformam-se ao fim de 25 anos se quiserem. De outro modo, podem ficar em funções até aos 70 (leu bem, SETENTA) anos. Para mais que só para entrarem no CEJ têm mais trabalho e exames do que muito boa gente.
Eu não estou tranquilo, não. As FA foram um ícone da independência e moral nacionais para mim durante boa parte da minha vida; a tal "última reserva moral da Nação". Hoje em dia deixaram de ser. Porquê? Basta ler o que escrevi em cima.
Já agora, quem me garante que o Sr. se chama mesmo José Lima? E o que mais importa: porque raios não contradisse nada do que afirmei sobre o corporativismo militar?
Em vez disso, só confirma que anda muita gente a desonrar o uniforme ao procurar apenas e só choradinho de dinheiros.
Essa dos professores é para rir, só pode. Quer comparar aturar putos chatos, indisciplinados ou mesmo perigosos durante 20 ou 30 anos com andar a aturar uma tropa disciplinada e profissional?
Fique-se pelo silêncio.
Quanto ao generalato, só para o calar: os todo-poderosos Marines dos EUA têm 66 oficiais-generais; o seu efectivo é de quase 200 mil homens e mulheres. Quantos oficiais generais tínhamos em 1974? Quantas praças e sargentos tínhamos nessa altura? Quantos temos agora?
E as duplicações de chafaricas no Exército? O mesmo órgão gastar 20 mil euros/mês com salários de generais?
Quanto ao mérito: provocou-me um ataque de riso. Quantos militares dignos se puseram a andar as fileiras, com cruzes de guerra e tudo, quando viram que estavam a ser preteridos pelos graxistas? Vai-me dizer que muito incompetente ajudante de campo não vai para general e que as ligações à política não servem para nada? Mas sabe quem os promove ao topo da hierarquia, por acaso, ó José Lima, se é que é mesmo o seu nome?
Vá lá ver a lista de recém-formados no site da CGA e diga lá se os professores acabam todos em catedráticos ou os juízes a conselheiros. Pois, caiu-lhe mais uma mentirola. Ou então é simples ignorância.
Caiu a máscara aos chupistas que corroem a instituição militar, O RESTO É CONVERSA PARA O BOI BEBER.
E sim, o TCor Brandão Ferreira e demais carreiristas continuam a ser um nojo de gente. Querem ser diferentes dos Otelos, mas são IGUAIS.
Já agora, ó Sr. José Lima, leia o comentário à notícia escrito num blog de oficiais da marinha na reforma, o Voz da Abita.
É comparar o militar disciplinado, pragmático e respeitador/garante da ordem constitucional - ainda que indignado com a situação do país - com os Brandões Ferreiras e restantes chorões de uniforme que ainda não perceberam que a maioria das pessoas não é contra as Forças Armadas, só mesmo contra os oportunistas e carreiristas. A hierarquia é importante em tudo, não apenas nas FA; nalguns casos, só serve mesmo para legitimar ordens imorais e contrárias a princípios nacionais.
E quer um exemplo concreto de alguém que nunca deveria ter sido promovido a oficial general? O general Lopes Camilo. Vá investigar quem foi e o que andou a fazer lá para os lados de Moçambique nos idos do PREC.
A sua argumentação é um zero em factos e coerência. Lamento informar, mas o resto da população não é um mero básico ou impedido a quem possam ordenar sem contraditório.
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