sexta-feira, agosto 31, 2012

Usain Bolt Borges, um velocista português


    “Não vou estar muito envolvido com o processo português - na verdade, vou distanciar-me do programa português e não me vou envolver com Portugal.”
      António Borges, em 15 de abril de 2011, quando era director do FMI
    “Digam o que disserem, o programa está a correr melhor do que se pensava. E digo isto com conhecimento de causa porque estava no FMI quando o programa foi desenvolvido.”
      António Borges, ontem, a dar uma aula aos futuros Passos & Relvas em Castelo de Vide

Estas citações foram retiradas do artigo hoje publicado por Fernanda Câncio, no qual se recorda que o ministro sem pasta soube, a seu tempo, publicitar as suas capacidades:
    “As privatizações podem suceder muito depressa. Se se contratar externamente o processo e se se encontrar as pessoas certas para o fazer, pode acontecer muito muito depressa, asseguro-vos.”

Daí que, como se assinala no artigo, estejamos perante:
    “A pessoa certa, pois. O homem que saiu da direção do FMI Europa direto para se ocupar do aspeto mais lucrativo do programa português (entre o anúncio da saída, em novembro de 2011, e o de que iria supervisionar as privatizações portuguesas passaram 47 dias - incrivelmente, o FMI não impõe regras para tais "transferências"), é sem dúvida um prodígio de rapidez. Já o provara ao passar da Goldman Sachs, no centro da crise financeira internacional, para o FMI; mas ao impor as suas ideias ao País e aplicá-las sem se submeter à prova das urnas, e ser ministro sem nenhuma das desvantagens - da baixa retribuição à interdição de flagrantes conflitos de interesses e ao escrutínio público -, Borges bateu todos os recordes.”

3 comentários :

Teófilo M. disse...

Porque será que tanta gente fala na saída de figuras públicas do governo para os privados e ninguém quer falar dos privados que chegam ao governo pela porta do cavalo...

Maria RHenriques disse...

Parece que este sr doutor antónio borges foi contratado e mais tarde destratado como incompetente pelo FMI. Não sei se foi destratado ou não, mas sei que depois de haver declarado que não se envolveria com o processo português, lá voltou afinal e cheio de recomendações que o homem desde que voltou que não se cala.

Anónimo disse...

Há uma explicação, o dr.Borges deve
estar com algum problema existencial,
de saúde ou está em perfeita sintonia
com p.ministro ambos estão a emagrecer a olhos vistos...será só
dieta???