• Rui Pereira, O tempo e o modo:
- ‘O PS, como partido fundador da democracia portuguesa, tem especiais responsabilidades em todo este processo. É nele que estão depositadas as derradeiras esperanças de um eleitorado dececionado com o desempenho do Presidente da República e atordoado pelas constantes divergências entre as promessas e a prática do Governo. Arriscar e apresentar propostas concretas, demonstrando que existe alternativa e não só "alternância", é a sua responsabilidade histórica. A escolha da data do congresso é secundária. Quem tem algo a dizer deve falar claro.’
7 comentários :
A entrevista com Gomes Ferreira da SIC, um pateta com a mania que é esperto, foi coisa que ao terceiro "peço imensa desculpa" de António José Seguro não consegui aguentar.Desliguei.
Tenho ideia como de uma vez por todas António Costa marcou BEM o seu terreno ao entrevistador da "Quadratura do Circulo", Carlos Andrade: "Bem! Você faz as perguntas e eu respondo, certo"?
Tenho presente a forma como Augusto Santos Silva, respondeu, em plena campanha anti Sócrates à Mme Reboredo Seara. A Determinado ponto dessa entrevista disse -lhe explicitamente: - "Estou a ver que não me consegui fazer entender"... A partir daí S.Silva dominou quem vinha com o recado encomendado armada em independente.
Nada me move contra o atual Secretário Geral do PS, mas o homem não tem jeito para "aquilo".
Não passa.
E não só sou eu que o digo são as mais diversas sondagens.
Os tempos andam péssimos para experimentalismnos.
Nem mais! Rui Pereira resume numa frase por onde se deve começar: "Quem tem algo a dizer deve falar claro".Depois façam, realizem.
Não conheço uma só pessoa, das muitas que votam habitualmente PS, que não tenham vontade de votar em branco, com este líder.
Quando entrará isto na cabeça do "aparelho"? E, já agora, no coração (para usar palavras caras ao querido líder)?
Mas se o problema está no "aparelho", para quê perder tempo a falar com ele?!
O melhor que todos os verdadeiros socialistas e democratas têm a fazer é deixar o secrtário-geral e o aparelho a "zorrar" sózinhos e começar, rápidamente, a pensar num Novo Partido Socialista, herdeiro do PS de Mário Soares, Salgado Zenha, Raúl Rego, Vasco da Gama Fernandes, Sottomayor Cardia, António Arnaut, Lopes Cardoso e Jorge Sampaio, entre tantos outros.
Comecem pelo Rui Pereira, pelo Pedro Silva Pereira, pelo Eduardo Ferro Rodrigues, pelo Francisco Assis, pelo Augusto Santos Silva e, sobretudo, pelo João Galamba e sigam um caminho diferente desta cambada aparelhística, que vale tanto como a canalha passista e relvista, nem mais nem menos!
Se o Ant.º Costa e outros quiserem, que os sigam. Se não, pois que fiquem a congeminar jogos de poder dentro do "aparelho socialista" com os Segurinhos, as Panelinhas e os Tachinhos que por lá abundam e permaneçam confortávelmente instalados na politiquice lamacenta dos últimos vinte anos, que o Futuro não espera por hesitantes.
Também já pensei que a alternativa fosse mesmo a saida do PS de quem está farto destas politiquices do inseguro, o juntar-se com os ( pouquissimos) honrados do PSD que ainda têm vergonha na cara mais umas tantas figuras independentes e formar um partido novo, com ideias , mais agressivo na publicitação das mesmas.
De facto o tempo está mesmo perfeito para isso : desiludidos e furiosos com os partidos do arco do poder e fartos da cassete das esquerdas radicais, os cidadãos anseiam por uma lufada de ar fresco neste ar fétido que é o sistema politico da alternancia em que está mergulhado o país.É preciso romper o ciclo vicioso .
Nem mais! E antes que seja demasiado tarde.
Mas sem a inconsequência do PRD, cuidado.
É urgente a criação em Portugal de um Partido Social-democrata a sério, de Centro-Esquerda e herdeiro dos ideias republicanas e da filosofia política de Mário Soares, inspirado nas teses de Tony Judt, mas virado para o Século XXI.
O País não pode sobreviver com um PSD infestado de metástases corruptas e viciosas e um PS resignado ao papel de "PSD envergonhado e menos mauzinho" que hoje desempenha.
O ambiente assim fica de tal modo viciado, que não há "ar condicionado" que o salve. Nem que seja da marca Costa! Assim não vamos lá.
Quando se fala em refundar o Estado Social, ao ponto de qualquer dia se falar em refundar a Democracia e, quiçá, o próprio País, a única saída é REFUNDAR E REJUVENESCER O ÚNICO PILAR SÃO DE ABRIL, ou seja, o PS descomprometido com os "poderes fácticos" e norteado por ideiais.
E que, de uma vez por todas, deixe de falar só para dentro e passe a falar, em primeiro lugar, para todos os seus eleitores fiéis e, logo depois, para todos os seus apoiantes potenciais, muitos dos quais engrossam hoje a abstenção, ou encontram um refúgio de raiva nos Partidos de génese marxista.
Em suma, um PS que volta a falar não para "clientelas", para o Povo e para todo o País!
Estárá António Costa ciente do nível deste jogo? Ou continuará a julgar que a abóbada celeste é o tecto da sua tenda de campismo?
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