domingo, junho 30, 2013

Um sabidolas, este Vasco

      ‘Um dos grupos sociais que têm pago e sofrido mais com a crise é sem dúvida o dos reformados; e o governo usa e abusa deles como não usa e abusa da população activa. Isto já vem desde 2005-2006 e continua imperturbavelmente na balbúrdia de hoje. Esmagar os fracos nunca foi um plano de batalha muito difícil de perceber, nem infelizmente muito impopular. Desde o inominável eng. Sócrates (que, esperemos, não voltará) ao iluminado sr. Gaspar, nem um único ministro resistiu à atracção de espremer a massa inerte dos reformados (…).’
        Vasco Pulido Valente, Os velhos (hoje no Público)

Um aspecto central do programa do PS em 2005 consistiu na proposta de criação do complemento solidário para idosos (CSI). Quando o Governo de Sócrates assumiu funções, instituiu o CSI, de que terão sido abrangidos cerca de 250 mil idosos, que beneficiaram de um aumento médio de rendimentos na ordem de mil euros por ano. Esta medida traduziu-se num acréscimo de 30% das pensões dos mais pobres, a maior redução da pobreza desde que há estatísticas.

É verdade que, em 2011, o Governo congelou as pensões (mas não as cortou). Mas dizer isto é contar apenas metade da história. Para evitar o congelamento das pensões, o Governo quis então reduzir as deduções fiscais em sede de IRS para os escalões de maiores rendimentos, mas foi o PSD de Passos Coelho que recusou liminarmente esta medida, sem o que não teria sido possível fazer o célebre acordo em casa de Catroga.

Como é possível igualar esta situação com a que resulta dos selvagens cortes e impostos que agora incidem sobre os reformados? Como é que, quando o Governo pretende instituir a “TSU dos pensionistas” e a redução brutal das pensões da Caixa Geral de Aposentações, se quer comparar o que é notoriamente incomparável?

Aparentemente, o que Pulido Valente diz é uma patetice — e não justificaria um post. Mas, quando o Governo se prepara para carregar de novo sobre os “velhos”, pôr tudo no mesmo saco acaba por legitimar as barbaridades que o Governo está a projectar. E a verdade é que o “velho” Pulido Valente já deu sobejas provas de que a sabe toda.

5 comentários :

Anónimo disse...

mais um desonesto intelectual movido pelo ódio ao governo anterior e pelo desencanto com este, que apoiou.

jose neves disse...

Não são desonestos intelectuais porque para isso precisavam ser honestos na vida exterior corrente e não são. Esta gente, uns são directos como o Graça Moura ou o Santana que berram logo que querem mamama, outros como este e também os acomodados e consentidos pelo tio Balsemão e demais imprensa são apenas uns pequenos talentos parasitários e muitos muito medíocres que só consentem e elogiam os medíocres que podem influenciar para depois lhes exigirem mama.
VPValente, como sabem, já passou duas vezes pelo poder como Sec.Estado e no Parlamento e alguém se lembra sequer de uma medida ou proposta concreta merecedora de atenção ou discussão? Nada, porque o difícil é pensar para agir e realizar enquanto tais "blufs" pensam para parasitar. Atiram "alarvidades" para o ar e depois, se acertam os iguais elevam-nos à 5ª essencia se falham esquecem o caso: VPV afirmou que a linha do Metro fechava no dia a seguir ao fecho da Expo'98 por falta de passageiros. É deste modo simplista tipo adinvinhação que funciona este tipo de intelectual. Pacheco com o emcobrimento do governo Cavaco no caso das "vacas loucas" fez igual patifaria.
Os diversos "intelectuais" que borboleteiam ao redor de Cavaco são o protótipo dessa vil parasitagem: andaram e andam atrás de Cavaco a elogiá-lo tal como andaram os Oliveira Costa e os Dias Loureiros. Pois que ponta de caracter, saber ou empreendimento fez ou tem Cavaco para agarrar e dar início a um qualquer elogio ou apologia como intelectual ou grande PM? Politicamente não valem nada e por isso servem-se do conhecimento livresco para brilharem junto dos parolos.
Não, não é desonestidade intelectual, trata-se de uma intrínseca "necessidade desonesta" por interesse próprio de medíocres parasitas que só podem medrar com um olho em campo de cegos.
Veja-se o vasquito a pedir pelas alminhas que Sócrates não volte mais. O tio balsemão pede o mesmo assim como todos a quem as qualidades de carisma, intuição de futuro, capacidades de pensar e agir pela própria cabeça e realizar os torna independentes do beija-mão a tais coronéis, como estão habituados.
Estes tais coronéis da banca, imprensa e mercearia são quem detem as verdadeiras redeas do poder e onde os vasquitos são cabos praças amanuences e os passos coelho são sargentos tarimbeiros.

james disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
james disse...


Nunca me deixei formatar pela "inteligência" deste idiota, nem mesmo nos momentos intermitentes da sua ocasional lucidez, passe a redundância.

Anónimo disse...

Esteja o senhor Vasco descansado que Sócrates voltará mesmo... e de passadeira vermelha.

Está cada vez mais patente que foi uma campanha de ódio promovida pelos mais obscuros interesses, vaidades e privilégios que atiraram o País e cada um de nós para a situação actual.