terça-feira, novembro 05, 2013

Macau fora de horas – o apagão

Hoje Macau (de manhã)
Hoje Macau (à noite)

Está inacessível a notícia sobre o inenarrável comportamento de Paulo Portas em Macau. O leitor Raul C. enviou para o CC cópia do artigo, que pode ser lido na caixa de comentários deste post.

8 comentários :

Miguel Abrantes disse...

1.º extracto:


O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, chegou quase duas horas atrasado a uma recepção organizada no passado domingo pelo consulado de Portugal em Macau para a comunidade portuguesa local, o que fez com que cerca de metade das pessoas que se encontravam presentes tenham abandonado o evento antes da sua chegada.
A recepção estava marcada para as 21 horas, mas o vice-primeiro-ministro português entrou na sala da residência consular (ex-Hotel Bela Vista) quando já eram quase 23 horas. Entretanto, praticamente todos os convidados de etnia chinesa tinham já partido, expressando delicadamente o seu desagrado pela situação. “Todos sabemos como os chineses consideram este tipo de atraso como uma ofensa e uma falta de consideração”, explicou ao HM um empresário português há muito radicado na região. “É incompreensível esta atitude que basicamente tirou face à nossa comunidade. Uma vergonha! Inenarrável!”, concluiu.

De facto, de etnia chinesa, permaneceram na sala apenas alguns elementos do Gabinete de Ligação do Governo da República Popular da China (RPC) e Cao Guangjing, presidente da empresa China Three Gorges que, recentemente, adquiriu uma posição maioritária na EDP. Figuras de destaque da RAEM, como Ambrose So, David Chow ou a sua esposa e deputada Melinda Chan tinham já abandonado o evento. Basicamente, na sala ficaram apenas portugueses residentes de Macau e os que se deslocaram de Portugal no âmbito do Fórum Macau, com o intuito de ouvir o discurso de Portas.

Miguel Abrantes disse...

2.º extracto:


Discurso equivocado


Certamente que equivocado quanto à audiência para a qual discursava, o vice-primeiro-ministro (que não explicou nem se desculpou pelo seu inusitado atraso) fez um resumo, “breve” nas suas palavras, das relações económicas recentes entre Portugal e a RPC, na sua vertente exclusivamente económica, como se se estivesse a dirigir unicamente a empresários chineses e não à comunidade portuguesa de Macau como um todo que era, afinal, a destinatária do convite endereçado para a recepção.

Paulo Portas, sem novidade, falou de Portugal e do “fim da recessão”, de como é vantajoso investir no nosso país, repetindo o discurso governamental, cujos dados estatísticos são regularmente rejeitados pela oposição em Lisboa, como agora aconteceu quando da discussão do Orçamento de Estado. Entrando numa espécie de discurso de marketing do país, Portas basicamente realçou as vantagens de investir em Portugal.

Médicos, arquitectos, advogados, professores, engenheiros, jornalistas, profissionais de turismo e outras profissões, que constituem a estrutura fundamental da presença portuguesa em Macau, foram simplesmente ignorados num discurso que se limitou a citar os números por todos conhecidos das relações económicas e comerciais entre os dois países [ver caixa] e procurou, uma vez mais, vender as vantagens do investimento externo. “Provavelmente, ele pensa que nós não estamos informados sobre o desenvolvimento das relações entre a China e Portugal que não vemos televisão ou não lemos jornais”, comentou um dos presentes, que lamentou também a falta de referência à comunidade portuguesa de Macau. “Infelizmente, a vinda de representantes do Estado português redunda quase sempre nisto: na nossa perda de face e na necessidade de nos desculparmos perante os chineses por uma notória falta de chá. Mais valia que não pusessem cá os pés”, disse outro dos presentes ao HM, que sublinhou também o facto de Portas se apresentar na recepção sem gravata e de camisa aberta.

“O vice-primeiro-ministro veio tornar mais difícil a missão do cônsul Vítor Sereno que já é em si mesma uma missão difícil, ao invés de o ajudar a projectar de forma positiva o bom nome de Portugal”, comentou ainda uma personalidade de destaque da comunidade portuguesa ao HM.

dumoc disse...

Para quem é tão bom, trabalha tão bem, é tão responsável, tratou-se, com certeza, de uma tentação irrecusável, aquilo que atrasou o vice.
Um verdadeiro "artista"

Anónimo disse...

O apagão é devido ao excesso de tráfego. O jornal disponibilizou o artigo no Facebook https://pt-pt.facebook.com/photo.php?fbid=659035537450182&set=a.421084684578603.94524.361781723842233&type=1&theater

Luís Novaes Tito disse...

Há sempre a busca na Cache do Google
vejam lá:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache%3Ahojemacau.com.mo%2F%3Fp%3D62000&rlz=1C1TEUA_enPT480PT480&oq=cache%3Ahojemacau.com.mo%2F%3Fp%3D62000&aqs=chrome..69i57j69i58.5921j0j4&sourceid=chrome&espv=210&es_sm=93&ie=UTF-8

Pichote amarelo disse...



Inenarrável, este irrevogável.

Anónimo disse...

Está inacessível pela simple razão que o Dr. PP perdeu a ligação ao voo para Macau pois houve um atraso nos vvos de partida da europa. COmo a media é mentirosa a media de macau lá foi publicando uma mentira enviada daqui, mas que pelos vistos já retiraram. Uma vergonha a forma como a media pegou nisto e nem sequer foi saber po que se tinha passado. É esta m***a de media que vai fazendo as delicias dos socretinos e socialista seguristas e costistas que acham que podem tudo.

RFC disse...

... Se já gosto da media p'raqui (a do rectângulo) e media p'racolá (a macaense), prefiro a inovação do protocolo sobre o Paulo Portas = PP, Portas, Paulinho, também há uns nomes artísticos que foram inventados, presidente, ministro, vice, etc. Agora Dr. PP (ao jeito do Dr. Phil, o da Oprah!) nunca tinha lido, e é muito bom.