José Manuel Fernandes escreve hoje um Editorial sobre o TGV - Lista de perguntas a que era bom dar resposta - em que alinha uma série de dúvidas acerca do assunto, no mínimo, caricatas.
Porque o director do Público, envergando uma falsa verborreia ferroviária, tenta encontrar dúvidas e incertezas onde elas não existem, tenta demonstrar que não foi estudado ou previsto aquilo que está mais que anunciado e que o seu próprio jornal já noticiou.
Basicamente, JMF interroga-se se Portugal e Espanha estão tecnicamente concertados (a famosa história da velocidade: será a 300 ou a 350 Kms/h?; a que juntou a patetice da bitola: ibérica ou europeia?, como se os dois países não tivessem já estudado o problema e encontrado respostas, quer para a integração dos dois sistemas, quer para a necessária migração).
A isto juntou JMF umas incertezas sobre a articulação entre o futuro aeroporto de Alcochete e a rede de Alta Velocidade. Chega a imaginar - vejam lá! - passageiros carregados de malas à torreira do sol no Poceirão, perdidos entre um avião e um comboio.
Bastava JMF ter lido o seu próprio jornal nos últimos anos para perceber que, por exemplo, quem vai de Lisboa pode fazer check-in e largar as malas na Estação do Oriente. Se até isso está previsto, imagine-se o resto.
Mas o ponto é mesmo esse: se JMF lesse o próprio jornal...
Ler, ele lê. Só que não publica.
Veja-se esta notícia - que responde, de uma penada a todas as dúvidas sobre a velocidade e a bitola - que JMF mandou publicar há dias na Net, mas que não saiu na edição em papel...
Pois é, a novíssima censura é assim - nada melhor que a imaterialização do ciberespaço para esconder aquilo que não se quer mostrar.
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