domingo, agosto 02, 2009

A palavra aos leitores - "COISAS DA VIZINHA"

    'Sem mais nem menos, ela que não tem aparecido por estar a fazer de empregada de um filho que preferiu arriscar uma fábrica familiar em vez do subsídio de desemprego, a vizinha entrou-nos porta adentro, danada, a reclamar da informação da RTP que cá em casa não gastamos por indigente, oca, desmemoriada, inculta e parola, para além de nesta altura do canpeonato político estar caixa de ressonância de tudo quanto parece ou é crítica, maldizer, insulto e bota-abaixo que dispensam a apresentação de soluções alternativas.

    Tudo, na vizinha, a propósito da posição do Tribunal Constitucional que na RTP terá feito aparecer um Marques Guedes a dizer que o PS usou o Estatuto Político-Administrativo dos Açores para aborrecer o Presidente da República e o Presidente da República a reclamar respeito pelas decisões do TC – vozes que à vizinha fizeram perguntar:

    - esse Marques Guedes não é aquele deputado e dirigente do PSD que tempos atrás assinou uma iniciativa legislativa do PSD para instituir o Dia do Cão? e não é o mesmo que por duas vezes votou o mesmo Estatuto dos Açores?!...
    - e não foi Cavaco Silva, ao tempo PM, quem apelidou o TC de força do bloqueio, desvalorizando esse órgão e as suas decisões?!...

    Esses senhores acham que a gente não tem memória e é “lélé da cuca como o outro disse”? – perguntou a também a vizinha sem identificar o “outro”...

    E essa Joana, que é que ela quer mesmo com aquela pose, com aquele paleio? – perguntou já com o puxador externo da porta na mão...'
      Manuel T., Santa Maria da Feira

2 comentários :

capitolina disse...

Haveremos de ter de emigrar prá Berlenga pra fugir aos politiquinhas pátrios?
Tanta desvergonha e a impossibilidade de a entrincheirar no anedotário nacional é capaz de perturbar mesmo os que querem defender-se optando um certo alheamento...

Dawson disse...

Essa de Cavaco ter apelidado o TC de força de Bloqueio é uma mentira oportunística e grosseira. As forças de bloqueio eram, na altura, consabidamente, o Presidente da República( e vingança serviu-se uma década e tal mais tarde, bem fria)e o seráfico Procurador Geral da República ( que ao que conta, continua exilado).