segunda-feira, março 28, 2011

A palavra aos leitores

Permita-se-me que destaque o comentário, escrito na caixa deste post, assinado pelo Eleitor.

5 comentários :

DC disse...

O link do post está errado mas já tinha lido o comentário e considero de todo merecedor de destaque. Sugiro até a transcrição do mesmo no post.

Miguel Abrantes disse...

Já corrigi o link. Muito obrigado.

LFP disse...

"José Sócrates impecavelmente bem educado"? É para rir? Acreditam mesmo nisso?

Anónimo disse...

Um comentário elogioso de um liberal para com um governante que atenua o impacto dos "erros socialistas e keynesianos", portanto...
Realmente, deve ser esta a esquerda moderna!

Eleitor disse...

@ Anónimo das 03:27:00:

Não sei nem me interessa o que é ou deixa de ser a «esquerda moderna».

O que sei é que o confronto das ideias e a escolha das acções colectivas deve obedecer a um certo número de regras morais e procedimentos práticos, sob pena de descambar no pântano de insultos e intratabilidades que neste momento nos colocam na situação caricata em que um (e um só) dos dois lados em presença -- a oposição ao actual governo PS -- não consegue reposicionar-se no terreno da civilidade e da racionalidade, simplesmente porque, segundo essa mesma oposição, «o Sócrates tem mau feitio» (como diz , na ausência de melhores justificações, o reputado sábio, curandeiro e astrólogo político conhecido por «Professor Marcelo»).

Simplesmente espantoso. Frente á dificuldade de reduzir um pouco o orgulho e abandonar (já não digo engolir) a barragem de insinuações e asneiras insultuosas, absolutamente à margem do leal debate político, com que a oposição tem castigado as vitórias eleitorais do seu «Inimigo Público Número Um» favorito, procura-se agora a derradeira injustiça que seria a de o responsabilizar a ele pelas campanhas dos seus difamadores. Frente às anedotas com que a incompetente e intratável oposição nos continua a brindar diariamente, não me ficam muitas dúvidas sobre o sentido do meu voto.

Quanto aos "erros socialistas e keynesianos", teríamos de ter um longo debate sobre as consequências do abandono do padrão-ouro e da institucionalização do crédito fictício a todos os níveis (individual, nacional, global) para podermos compreender as razões do que se passa no mundo actual. Mas isso não é relevante para a situação imediata. Quando o Titanic se está a afundar, o que interessa é lançar os escaleres em boa ordem, salvar o que pode ser salvo, e procurar aprender lições para o futuro.