- 'Não tenhamos ilusões. O Estado gastar menos significa para cada um de nós gastar mais com menos rendimento, já que não se verifica no curto prazo aquela promessa de menos impostos. E será a classe de rendimentos médios que mais vai sentir o impacto da violenta austeridade que agora se vai iniciar.
O "Passe Social+", ou preços dos transportes mais baixos para quem tem rendimentos abaixo dos 545 euros mensais, ontem anunciados, é apenas um exemplo do que vai acontecer à classe média em muitas outras áreas, como as da saúde e da Segurança Social. A condição de recurso, como se designa a regra de acesso aos serviços fornecidos pelo Estado em função do rendimento, vai provocar um significativo aumento dos preços para rendimentos pouco superiores aos 700 ou 800 euros. Corremos o risco de passar do excesso de gratuitidade para uma situação em que só quem estiver muito perto da pobreza terá acesso a serviços subsidiados pelo Estado.
É um mundo de relação com o Estado completamente diferente do que conhecemos desde praticamente o 25 de Abril de 1974. Passar de um mundo de estado social para quase todos para assistência social apenas aos desfavorecidos dos desfavorecidos, ao mesmo tempo que se aumenta os impostos e se corta salários, é extremamente perigoso para a coesão do País.'
3 comentários :
Fitch: Portugal deve ser capaz de evitar reestruturar a divida. "in" jornal negocios de Helena Garrido
pois, alexandre, vai ser maravilhoso ter a dívida controlada e milhões de portugueses atirados para a pobreza graças aos preconceitos ideológicos deste governo. como bem sabe, entre as décadas de 40 e 70 as contas públicas eram um sonho, a vida dos portugueses, contudo, era um pesadelo. é isso que queremos outra vez?
Até a Presidente do FMI já começou a explicar a estes ultra liberais que pior que os deficits são as recessões. Eles fazem-se desentendidos .Nós entendemos.
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