- ‘Mas o pior ainda está para vir. A evolução recente do investimento e a rigidez das leis laborais sugerem a ideia de que a nossa estrutura produtiva estará subutilizada. E, se assim for, é de presumir que o desemprego venha a agravar-se ainda mais. É aqui que entra o Governo: primeiro, recusa o salário mínimo de 500 euros a que se comprometera com os parceiros sociais; depois, responde com cortes no subsídio de desemprego ao aumento do número de desempregados. É um cenário de loucos.
Como é que tudo isto foi possível? Quem comanda este processo? A resposta está no duo maravilha, a ‘troika' e o Governo, a fome e a vontade de comer. Um defende a austeridade? O outro multiplica a austeridade por três. Um ataca os pensionistas e o sector público? O outro manda acrescentar o sector privado. Sempre juntinhos, aliados, felizes. Daí que não me surpreendam os elogios que a ‘troika' faz ao Governo. Eles estão bem um para o outro: privilegiam os números e ignoram as pessoas.
É o grau zero do Estado Social.’
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