- ‘Vamos ter um ano mau, de défice não consolidado, depois de um outro em que a ficção da manigância nos colocou em aparente sucesso. Vamos dar aos credores, mesmo que não seja aos nossos vigilantes, a falsa noção de que andámos para trás. E, todavia, isso não é verdade e sobretudo custou muito esforço a muita e muito boa gente. Concentrámos a receita no purgante e agora vem o mesmo médico dizer que precisamos é de tónicos e fortificantes. Que o médico seja louco, pouco nos deve importar, mas que sejamos nós, as vítimas da purga e os culpados da anemia, já parece de mais.
Há muito trabalho de casa para fazer. E trabalho para fora. Não podemos aceitar a subserviência face a políticos incompetentes e ignorantes que só aprendem com a valsa das cotações. Temos que lhes fazer chegar que não somos apenas meninos bem-comportados. Também não queremos faltar à escola nem ir para o recreio jogar o berlinde antes dos deveres feitos. Mas que não aceitamos o remédio duro e logo a seguir a crítica por o ter tomado. Temos que nos unir aos que murmuram e transformar o murmúrio em indignação.’
1 comentário :
Nem mais. Já chega de fazer de todos nós tolos.
Se isso não é suficiente para mover quem votou mal ou quem não votou (que acabou por ser o mesmo que votar na corja que lá está ), ponham os olhos na grécia: é como vamos estar no final do ano se o gaspar e companhia não forem corridos.
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