sábado, janeiro 26, 2013

Regressar à casa de partida... mas numa situação económica e social bem pior

• Pedro Adão e Silva, Regressar à casa de partida [hoje no Expresso]:
    ‘No início de 2011, o Governo procurava uma solução que garantisse o financiamento do Estado sem pedido de resgate. O PEC IV era isso mesmo: Portugal ia aos mercados, mas fazia-o de modo assistido, e como contrapartida aplicava um conjunto de medidas de austeridade. A solução era menos má do que o que veio a seguir. Com a assinatura do memorando de entendimento, a capacidade negocial portuguesa ficou muito fragilizada e passámos a ser governados por soluções impostas desde fora, devidamente apoiadas por quem em Portugal com elas sempre sonhou.

    (…) Dois anos passados, não deixa de ser paradoxal que regressemos aos mercados em condições próximas das do PEC IV, mas numa situação económica e social bem pior.’

5 comentários :

José Carlos Mendes disse...

Desculpem. Lamento ter de fazer esta pergunta - que não vai ter resposta, certamente.
Não entendo para que serve ao PS este burburinho que de repente se levanta.
Mas entendo que serve muito ao PSD.
Pergunto então:
- Há razões desconhecidas da opinião pública e que quem está fora desconhece para que se faça este jeito ao Governo neste exacto momento?
Ou:
- Espera-se o quê desta situação?

Anónimo disse...

Esta...Esta a grande verdade e não tinhamos um desemprego superior a 20% - claro a prespectiva era ir ao pote.

O que faz o PR? serve para ter uma presidencia como um "soba"

Responda quem intenda, eu não sei - o que eu vejo é voltar ás sopas de cavalo cansado enquanto a miudagem se diverte aos gabinetes do poder

Anónimo disse...


Quem é o culpado do que estamos a viver - é uma oposição de quanto pior melhor para - serve os seua objectivos - é uma vergonha uns e outros a direita e a esquerda troglodita do século XVIII.

Valha-me tirem-me daqui.

Este PR nem sei o que devo dizer...bem não é, - mas sei que é o grande responsável - ele e o seu partido que condenaram o País à fome e à miséria.

A PSP Londrina utiliza o Magalhâes,

Os sabicholas que tanto denegriram meteram-se no buraco, como sempre -
Amanhã, vem dizer que foi obra dos mentirosos e aldrabões que nos assassina as nossas vidas a seu belo prazer ...PQP

Agora, que era preciso reactivar o Tarrafal, mesmo pagando a Cabo Verde o aluguer, ganhavamos muito dinheiro, servia para abertura das "sopas do Barroso" matava a fome a muita gente - e ía muita gente da Domingos Sequeira.

Cambada de pilatras

Pirolito

fernando romano disse...

Mesmo não sendo especialista em matéria de economia, o PEC IV pareceu-me desde o momento em que foi anunciado uma conquista genial de um Primeiro Ministro, excelente nas movimentações políticas internacionais, uma vitória retumbante sobre toda a oposição da altura, que trabalhava em desespero por uma crise política, clamando por uma intervenção externa, conhecendo claramente as consequências. José Sócrates revelou, nesse cerco dos mercados financeiros, uma sábia arte política para libertar o nosso País da tragédia em que já estamos mergulhados. O genial golpe de asa, representou um dos mais altos momentos de elevado patriotismo dos nossos governantes, embora pessoalmente o atribua, quase exclusivamente, a um líder governamental com rara, e inesperada, vocação política e sentimento patriótico.

Foi uma vitória de Portugal, esmagada internamente. E isso chama-se traição!

Fico, por isso, satisfeito por Pedro Adão e Silva escrever ‘No início de 2011, o Governo procurava uma solução que garantisse o financiamento do Estado sem pedido de resgate. O PEC IV era isso mesmo: Portugal ia aos mercados, mas fazia-o de modo assistido, e como contrapartida aplicava um conjunto de medidas de austeridade."

Esta verdade é cuidadosamente escondida dos portugueses, mesmo pela actual direção do PS, que emergiu à custa do golpe, com toda a cumplicidade conhecida nessa traição, estando hoje entre os que mais se preocupam em silenciá-la.

A nossa sociedade desagrega-se, o drama nas casas das famílias é angustiante, e este caso do PEC IV tem que vir a debate.

Não se mente e trai assim um povo sem que sejam chamados a prestar contas.


Rosa disse...



Excelente, Fernando Romano! É exactamente o que penso...