sexta-feira, maio 22, 2015

Para quem é, bacalhau basta

Mãe queixou-se de leite fora de prazo e ficou sem ajuda alimentar. Da prepotência da caridade: «Por causa disto nunca mais cá vens [sic] buscar nada».

Queremos uma sociedade solidária ou assistencialista? Queremos um país onde o Estado social funcione ou um país onde os mais vulneráveis fiquem à mercê dos humores de gente que tem o monopólio da caridade?

12 comentários :

Anónimo disse...

Voltámos ao intigamente!

Anónimo disse...

Esta tudo entregue as Jonets. que nojeira!

Anónimo disse...

Querias leite p'ro Catchopo e ainda andabas a reclamar das senhoras. Ora agora toma, bem feita!

Anónimo disse...

E ainda por cima o Catrchopo até está todo pimpão, nem parece filho desta gentinha simples. Faz sombra ao netinho da Dona Cilinha Supico Pinto, por sinal muito enfezadinho. E dá soberba ao netinho da Dona Kiki Espirito Santo, que saiu com aquele problema na digestão, agomita tudo fora!

Anónimo disse...

Bacalhau basta? Ora essa! O bacalhau esta caro que se farta, e quer alho. São uma desavergonhadas. Bem se governam e ainda reclamam da bondade e do bem que lhes fazem, e fazem queixa nos jornais. Habia de ser comigo, levavas cá uma trepa...

Anónimo disse...

Esta lamentável história fez-me lembrar um "sketch" muito divertido do Herman no final dos anos 90.
Dizia o Diácono Remédios, muito escandalizado com uma situação de desperdício de alimentos: "quando se me azeda um pouquinho de leite, dou aos gatinhos; se me sobrar ainda algum, dou aos pobrezinhozes, ezes...".

Fernando Romano disse...

Há tempos vivi uma cena na caixa do supermercado Modelo em Lourel que me deixou bastante assarapantado. Era dia de recolha de ofertas de alimentos por uma dessas associações, cujo nome já não me lembro bem; aceitei um saco vazio à entrada e comprei 1 L de azeite e um k de acúcar. Quando estava na caixa para pagar, e depois de separar o respectivo saco para entregar num dos carrinhos, surge um cachopo de 10/11 anos, muitíssimo bem calçado e vestido, a pegar no saco para o levar para o carro receptor.
-Eu levo - disse-lhe.
-Eu levo - respondeu, puxando o saco da minha mão.
-Deixa estar, eu levo - insisti.
-Eu levo - retorquiu determinado, puxando com cada vez mais força o saco das minhas mãos.

Gritei-lhe.
-Eu levo! Larga o saco! Desaparece!
-Deixe o menino levar o saco, coitadinho... - tentou apaziguar uma senhora atrás de mim.

Continuei com o saco na mão e despejeio-o no recetáculo respetivo.

O menino tinha ares de ser filho ou neto de algumas daquelas senhoras que se enchem de alegria e gozo nestas tarefas de ajudar pobres, para o que trouxe o cachopo para o adestrar na caridade aos desgraçados do nosso País.

Coitado do cachopo...- apanhou-me com os azeites.


Anónimo disse...

Pior, muito pior - bebi muito leite em pó quando era bebé dado pela assistência social da Rua da Esperança (Madragoa) - sei. o que isso é...sou do tempo do trabalho á jorna - esta rapaziada só no aljube ou em Peniche

Zé da Adega o da Esperança

O País arde

Anónimo disse...

A D. Supico Pinto era uma Senhora que os miudos do Jardim da Rocha não esquecem e eu, não sou, hoje, não posso ignorar - que ela fez por nós de 9 anos...uma amiga, os miudos não esquecem - assim, como posso esquecer o que estes badamecos fazem ao nosso País

Acaba-se com a rrraaaça

Zé da Adega

Anónimo disse...

Quem fala do netinho de D. Cilinha Supico Pinto, não sabe que ela por infortunio nao teve nem filhos nem netos, mais sim ajudou muitas crianças e familias de forma pessoal, quando ja nao ocupava cargos no governo , até ao final dos seus dias não fazendo publicidade,quem batera na sua porta sempre foi atendido.

Anónimo disse...

Queremos uma sociedade solidária. Queremos, para que a sociedade seja solidária, que haja cada vez mais pessoas solidárias. A sociedade solidária - ampla e verdadeiramente solidária - só vai existir quando formos todos solidários...Até lá, importa ser solidário e não deixar passar as falsas solidariedades, as solidariedades de ocasião,...Assistencialismo? Claro que também é preciso. E muito. Mas a par, tem de ser feito mais. Tem de se ir às causas e eliminá-las. Fácil? Nem um pouco. Por isso, não desistir nunca. O mundo tem de ser bom, para todos.A Solidariedade também pode ser assistencialismo. Não pode é deixar-se ficar por aí.É preciso dar o peixe e...a cana.

Anónimo disse...

Olhemos para o nosso País... Vamos acabar com a assistência? Vamos acabar com o trabalho de muitos voluntários? Vamos acabar com a ação de tanta e tanta instituição e de tanta e tanta pessoa que discretamente ajuda, de verdade?Olhemos para o nosso País... Vamos ignorar os desempregados - sem dinheiro para comer - os idosos, com pensões abaixo, algumas muito abaixo do limiar da pobreza? Vamos ignorar as crianças que vão para a escola sem comer, os doentes sem dinheiro para remédios? Vamos? Se não existir assistência e outras formas de solidariedade, como vai ser? O governo vai resolver? Hum... Ou vamos estar atentos ao "mal"para erradicá-lo e valorizar o que é bom?Ou melhor, vamos todos ser solidários?