Um dos muitos leitores que não se conforma com o que lê no CC escreveu um comentário de que se transcreve a seguinte passagem:
Informamos o referido leitor de que, muito excepcionalmente, foi decidido organizar duas excursões ao estrangeiro no próximo mês de Dezembro para os magistrados judiciais. Uma, a que já fizemos alusão, incluirá um réveillon de arromba no Canadá. A outra, para nos retirarmos por momentos do “pântano dos tribunais”, é uma OFERTA ESPECIAL da Agência Abreu e consistirá numa visita a Barcelona entre os próximos dias 7 e 11 de Dezembro. Como se destaca no prospecto da Agência Abreu, “[e]sta cidade é uma espécie de Meca para os melhores arquitectos do mundo, muito devido a à influência de António Gaudi [cf. aqui], o famoso arquitecto cujas obras podem ser admiradas um pouco por toda a cidade (…).”
Tem o leitor à escolha dois hotéis: o Catalónia e o Hespéria Presidente. No primeiro, o preço por pessoa em quarto duplo ascende a 269 €, mas se não quiser, o que é compreensível, partilhar o quarto com outro magistrado, terá de desembolsar mais 140 €; no segundo hotel, o preço por pessoa em quarto duplo fica-lhe pela módica quantia de 399 €, a que terá de acrescer mais 150 € se não estiver na disposição de dividir o leito com outro magistrado.
Sublinhe-se porém que, ao contrário do Estado, que paga aos magistrados viagens em classe executiva para manter o seu status social, a passagem aérea para Barcelona será em classe económica. A gente, promete, não conta a ninguém este rebaixamento episódico do status dos juízes.
Conselho útil: não marque julgamentos entre os dias 7 e 11 de Dezembro.
Tem o leitor à escolha dois hotéis: o Catalónia e o Hespéria Presidente. No primeiro, o preço por pessoa em quarto duplo ascende a 269 €, mas se não quiser, o que é compreensível, partilhar o quarto com outro magistrado, terá de desembolsar mais 140 €; no segundo hotel, o preço por pessoa em quarto duplo fica-lhe pela módica quantia de 399 €, a que terá de acrescer mais 150 € se não estiver na disposição de dividir o leito com outro magistrado.
Sublinhe-se porém que, ao contrário do Estado, que paga aos magistrados viagens em classe executiva para manter o seu status social, a passagem aérea para Barcelona será em classe económica. A gente, promete, não conta a ninguém este rebaixamento episódico do status dos juízes.
Conselho útil: não marque julgamentos entre os dias 7 e 11 de Dezembro.
11 comentários :
O Abrantes demonstra facilmente que é mais fácil apanhar os mentirosos do que um coxo.
O que é que se passará nesses dias: ficam a trabalhar em casa, como no dia da greve? E alguém pode saber exactamente se estão estão mesmo a trabalhar?
É claro que ninguém pode saber exactamente se ficaram mesmo a trabalhar. Isso é segredo de Estado - nunca ninguém saberá exactamente nada sobre o trabalho deles.
Afinal são independentes ou não são?
Tasse mesmo a ver onde é que muitos passam as férias judiciais. Afinal só há oferta porque há procura. É a lei do mercado.
Não fumo sem fogo.
Festa de arromba ! Gostei do adjectivo ! Até os códigos saltam pelas janelas ....
A vida é bela !
A justiça caiu na rua rua.
Vocês nunca tiraram uns dias para um fim de semana prolongado? Cambada de invejosos. Facciosismo ridiculo. Pior cego é o que não quer ver.
É triste como é facil governar em portugal atirando a culpa aos outros.
Quero ver os juízes a levarem o Expresso e os processos para o Canadá e para Barcelona.... Como se vê, para os Juízes, as férias judiciais são claramente uma falsa questão...
Não vale a pena responder a quem só vê o que lhes interessa para ficar junto ao rebanho a balir.
Enviar um comentário