segunda-feira, setembro 26, 2005

Sugestão de leitura

Francisco Sarsfield Cabral escreve no DN o seguinte:

52 comentários :

Anónimo disse...

Pois é....."há porcos mais iguais do que outros", George Orwell!

José Ferreira Marques disse...

Continuo a acompanhar este blogue. Vozes assim, nunca são demais.

(talvez precisem de mudar de template para os links não escorregarem para o fundo da página...)

Anónimo disse...

Fantástico!

Anónimo disse...

Este blog vai mudar Portugal!

Anónimo disse...

Não desistam, não parem.

Anónimo disse...

Isso, não parem. Em frente é o abismo

Anónimo disse...

O blog que vai mudar Portugal. Vamos todos ser arruaceiros

Anónimo disse...

Grande Abrantes, ainda um dia vais conseguir ser decente

Anónimo disse...

Grande Abrantes, ainda um dia vais conseguir ser decente

Anónimo disse...

viva a arruaça. Todos para a Câmara Cooperativa ( coorporativa ???. Cooperar não é comnosco. Viva o Miguel Abrantes, o Marinho de Coimbra e o Vital Moreira.

Anónimo disse...

nunca pensei que os juizes fossem tao arruaceiros, mas quando toca na carteira até os doutores fezem má figura.

AisseTie disse...

Olha os senhores juízes com o rabinho apertadinho. Que melhor elogio para este blog?

Anónimo disse...

Está mesmo apertadinho. O teu é que está largo. Pudera ...

Anónimo disse...

Olha os juízes a serem ordinários. Mostram a verdadeira face os caras de ...

j disse...

Salve-se quem puder ou salvem-nos destes trafulhas que ajudámos a criar?!

Carlos Alberto disse...

Haja razoabilidade, haja decoro e decência

Dizem por ai que os Portugueses andam tristes e deprimidos. Recomendo-lhes um bom remédio para combater a tristeza e essa depressão. E qual é?
Ouvir os noticiários da Rádio. Aquilo é uma reinação pegada, a cada bloco de notícias.
É que de hora em hora, ouvimos os mesmos “artistas”, que aquilo mais parece “Os Parodiantes de Lisboa”, mais para o fracote digamos. E quem são os artistas?
Ele é aquele do Sindicato dos Professores, o outro, aquele o dos Juízes, que eu nem sabia que podiam fazer greve, pois estava convencidíssimo que um titular de Órgão de Soberania, não o podia fazer. Estamos sempre a aprender, Aprender, aprender sempre, lá dizia o Lenine. E mais uma quantidade de outros, os do Ministério Público, dos Policias, que são ainda mais uns quantos, os Enfermeiros, e mais uns outros cujas siglas e nomes não me ocorrem à memória, mas sempre ligados ao Estado, isso é certo. É o grupo dos amigos dos Direitos Adquiridos.
Numa situação de crise económica, como a que atravessamos, em que a nossa Indústria, e o Comércio, estão a ser alvo de uma concorrência atroz da China e a Índia, e em que o desemprego aumenta, porque aqueles que julgavam ser sagrado, e um direito adquirido, o seu posto de trabalho, viram a competição, e a deslocalização, mudar o seu dia a dia.
Quer-me parecer que esses pândegos, estão lá sentados, na Rádio, assim numa salita a cogitar no que irão dizer, e de vez em quando vai lá um repórter colher as opiniões. E depois é só rir. Porque falam de um País que já não existe, porque não é viável.
Segundo me dizem, “Um chinês trabalha 12 a 14 horas por dia, sete dias por semana, sem Segurança Social e ganha um salário médio de 45 euros, dos quais são descontados 23 para alojamento e alimentação.
China, economia capitalista, política comunista.“ Mesmo descontando algum exagero, é com isto que os nossos trabalhadores, concorrem.
Porque, aos amigos dos Direitos Adquiridos, o que se lhes pede, comparado com o que se passa no resto do País, é muito pouco, é INSIGNIFICANTE. Não querem abdicar da saúde gratuita aos seus familiares, nem querem "trabalhar" mais alguns,poucos, anos... no entanto eu tenho de pagar a minha saúde e a dos meus familiares... quem começou a trabalhar no privado com 15, 20 anos terá de trabalhar durante 50 ou 45 anos para atingir a idade de reforma, os 65!
E os pedreiros, carpinteiros, mecânicos, electricistas, operários fabris, pescadores, trabalhadores rurais, mulheres a dias, etc. Toda esta gente que trabalha, e não tem metade das regalias, e os seus descontos servem para ajudar a manter as classes mais privilegiadas que por agora se manifestam
Falem-mepois dos Direitos Adquiridos, que só me dá vontade de rir, se não fosse assunto sério e dramático, de mais, para centenas de milhares de Portugueses. Haja razoabilidade.

Anónimo disse...

«Caro Miguel Abrantes:
Acha mesmo que os magistrados não cumprem a lei fiscal? Graças a Deus há um jurista atento!
Pense lá - o Primeiro-Ministro, o Presidente da República e os Presidentes de Câmara são tributados pelo benefício de casa de habitação mobilada?
Já viu as Finanças a avaliar o Palácio de Belém para descontar o respectivo valor no salário do Presidente...
Por enquanto, apesar do golpe de Estado operado pelo PS e do sucessivo controle de todos os poderes e órgãos de informação, ainda vale mais um Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo do que a opinião de um órgão da administração.
Enquanto este resquício do Estado de Direito se mantiver, os inúmeros acórdãos do STA confirmam a jurisprudência pacífica e uniforme de que o subsídio de compensação não é tributável. Aconselho o Miguel Abrantes a consultar uma base de dados de jurisprudência administrativa, os BMJ ou as colectâneas de jurisprudência.
O próprio ex-ministro da justiça, António Costa, quando ocupava esta pasta confirmou perante os magistrados e seus sindicatos o seu respeito e concordância com a jurisprudência, fixando o valor da compensação tendo em conta esta realidade (sem o que teria de a fixar mais alto para compensar o desconto do IRS).
Claro que para o futuro, o governo pode acabar com tudo, a começar pela mordomia de um palácio para o PR e viatura com motorista e já agora com os salários de milhares de contos dos gestores públicos e admistradores de EPs, empresas participadas pelo Estado e Institutos Públicos e respectivos carros de luxo atribuídos, férias pagas em resorts de luxo, cartões visa e todos os benefícios que distingam quem estudou mais ou se valorizou mais ou atingiu determinados patamares, cargos ou funções por mérito próprio (ou não). Aliás, as chamadas reformas do governo e que se traduzem em cortes de despesas a eito sem critério e premiando a mediocridade em detrimento do mérito, da excelência ou da produtividade, seriam muito mais coerentes se se limitassem a nivelar todos os portugueses, qualquer que fosse a sua profissão, cargo ou grau académico, pelo salário mínimo nacional... »

Anónimo disse...

Ainda bem que há pessoas isentas como o jornalista/advogado marinho.
É pena que o mesmo não denuncie que exactamente a mesma proporção de custas que revertem para os SSMJ (8% da taxa de justiça cível) revertem para as pensões dos advogados e solicitadores, num, sem precedentes em Portugal, financianciamento estatal de um fundo de pensões privado de uma classe de profissionais liberais.

Carlos Alberto disse...

Mas os Titulares de Orgãos de Soberania, PR, AR e PM, não ameaçam o País com greve.

Anónimo disse...

Pois não.
Quando eles entendem que podem ser ofendidos não aprovam a lei ou não a promulgam

Anónimo disse...

Eles têm dias. Umas vezes são uma coisa, outras vezes o seu contrário...

Carlos Alberto disse...

Mas são julgados, melhor ou pior, pelo povo, cada 4 anos.
Quem escrutina o Clube dos Amigos dos Direitos Adquiridos na função Pública??????????

Anónimo disse...

Fugir ao fisco é a suprema ambição de todos os portugueses.

Os juízes conseguiram-no por via legal. Fazem aplicar leis só para eles.

Juízes assim nem na América Lat(r)ina!

MFerrer disse...

Que eu saiba o PR não faz leis nem as promove.
Nem recebe subsídio de renda.
Depois, o exemplo é de má fé pura e simples. Jorge Sampaio não habita o Palácio de Belém! Nem o aluga aos amigos ou empresta a familiares aos fins de semana!
Tenham vergonha senhores juizes!
Uma das habilidades para confundir é misturar e baralhar tudo.
Os magistrados têm Privilégios e lutam desesperadamente para os manter. Se assim não fosse, esta agitação toda não existiria.
Ler http://homem-ao-mar.blogspot.com

Anónimo disse...

Grande amigo Manuel Abrantes. Vejo que neste blogge se trabalaha a sério no sentido da revolução. Sim que isto de manter priveligiados não está com nada. É preciso acabar com eles e nós que passamos o dia aqui a sofrer em frente ao teclado a vomitar ódio contra tudo, bem o sabemos.
Pois, caro Miguel, a vida é uma maçada e é só priveligiados.
Sim que isto de um dentista ou um qualquer médico ganhar 3 mil contos por mês ainda é aceitável ( todos nós acabamos por ter dentes careados );agora um juiz ganhar 400 ? onde é que já se viu ! Vejam bem, os malandros ainda têm direito a casa, ou quando não a ocupam, a um subsídio.
Amigo Abrantes e camaradas bloguistas, vamos lutar contra a injusti´ça, abaixos os juízes, abaixo os tribunais. Amanhã havemos de nos lembar de alguma coisa mais para mandar abaixo.

Anónimo disse...

caro mf
Não é "promove" é "promulga".
As leis da República, para valerem enquanto tal, têm que ser promulgadas pelo PR. Se o PR entende que uma lei que a AR quer aprovar viola o seu estatuto, limita-se a não promulgar a lei.
Uma lei não promulgada pelo PR necessita de uma maioria qualificada para poder voltar a ser aprovada. E o PR ainda pode suscitar a questão prévia da sua inconstitucionalidade.
Não me diga que não sabia disto, enquanto opina jactante.

Anónimo disse...

Os juizes são um orgão de soberania?
e fazem greve?
E e fogem ao fisco como qualquer meliante de bairro?

Anónimo disse...

Os juizes são um orgão de soberania?
e fazem greve?
E e fogem ao fisco como qualquer meliante de bairro?

Anónimo disse...

A vida está boa por aqui. Parece a companhia dos marretas. Vão trabalhar ...

Anónimo disse...

Sabem o que é trabalhar a sério ? Vão a www.tribunaisnet.mj.pt e cliquem no link diligências marcadas. Consultem a agenda do tribunal da vossa terrinha e vão ver que não há tempo para brincar aos marretas

Anónimo disse...

Ò outro, apesar de isso acontecer graças aos processos anteriores a 2004, no novo código das custas judiciais isso já não acontece.
Já agora quero eleições para todos os orgãos de soberania principalmente aqueles que administram a justiça em nome do POVO.

Anónimo disse...

Boa, daqui a pouco estava a Fátima Felgueiras no Supremo e o Paulo Pedroso no Tribunal de Família e Menores

Anónimo disse...

Acho MUITO ESTRANHO que toda esta perseguição à Justiça tenha começado depois de alguns políticos influentes terem sido perseguidos por ela.
Mais estranho é, ainda, que se fale do artigo do tal Marinho ( que talvez fosse melhor estudar um bocadinho e fazer exames para tentar entrar no CEJ ), da não tributação do subsídio de renda de casa dos Magistrados e nunca ninguém se preocupou com a tributação dos complementos de retribuição que os políticos recebem, alguns desse complementos de subsídio de renda de casa.
A propósito de questões fiscais, por que razão o Governo não terá a coragem de levantar o segredo bancário e de inverter o ónus de prova para efeitos fiscais, devendo cada cidadão fazer prova de como lhe advieram os seus bens ou renimentos e, ainda, que pagou os impostos devidos? Onde está a coragem?
O que me parece grave e preocupante na Justiça Portuguesa e que a diminui são casos como o chamado Casa Pia, onde o depoimentos de algumas testemunhas têm credibilidade para incriminar certos arguidos e o depoimento dessas mesmas testemunhas já não têm credibilidade para incriminar outros arguidos, políticos influentes é claro. Mais, como é possível que um Tribunal Superior tenha determinado a prisão preventiva de uma política influente, que esta pessoa tenha fugido à Justiça e apareça agora, com ar triunfante em território nacional, perante uma Juíza que a restituiu à Liberdade, parecendo que já estava tudo programado. Ao que parece a Juiza terá dito " fuga aparente "... Será que o Padre Frederico também está em fuga aparente?
E afinal, se os presos preventivos deste País ( ? ), resolvessem candidatar-se à Presidência da Junta de Freguesia de Rans, ou de qualquer outra freguesia? Também seriam restituídos à liberdade?
Estranho, não é? Ou será que não?...

Anónimo disse...

Oh Miguel Abrantes, confesse lá, quanto recebe e a que lobbie pertence ( gay? ) para fazer todo este frete ao Governo PS e intoxicar a opinião pública contra a Justiça portuguesa que já por si anda tão de rastos?
Tenha coragem, mostre-se e assuma-se!...

Anónimo disse...

Sabem o que vos digo?
Para este Governo que se diz socialista mas que pretende controlar todos os órgãos do Estado de Direito - Volta Salazar, estás perdoado!...-, já só falta destituir o PGR Souto Moura e colocarem no seu lugar um Boy, por exemplo, Paulo Pedroso que até tem conhecimento do sistema judiciário, por dentro....
Ah, e já agora para Presidente do Supremo Tribunal de Justiça poderiam colocar lá Ferro Rodrigues ou até para dar um ar mais socialista, José Luís Judas...

AisseTie disse...

Não será necessário eleger juízes e magistrados, não baralhar, há países onde eles não são órgão de soberania.

Carlos Alberto disse...

Estes covardolas, anonymous, quando lhes faltam os argumentos, lá vêm com a Casa Pia, lobbie Gay, etc. Devem ter alguns complexos que só Freud, explicaria.
Tais cogitações se devem aos longos passeios noctunos que dão, no Parque Eduardo VII, donde lhes brotam estas palermices...

Anónimo disse...

O que dizem por aí é que o Judas conseguiu andar à solta estes anos todos porque cedeu à associação Sindical dos Juízes uns terrenos da Câmara de Cascais para fazer umas moradias para os juízes.

Só a PJ tem feito força para que os processos contra o Judas avancem.

Era bom ouvir sobre isto os juízes anónimos que não param de escrever aqui baboseiras.

Anónimo disse...

Tal é a intoxicação da opinião pública quando é certo que em Cascais não há nem terreno nem moradias para Juízes cedidos pelo Judas. Se não acreditam, vão lá ver!... O que existe é um terreno vendido pelo Judas a várias pessoas entre elas magistrados por um PREÇO ACIMA DO MERCADO, onde foi construído um prédio. VÃO LÁ VER E DEIXEM-SE DE BABOSEIRAS!

Anónimo disse...

Um terreno vendido por um preço acima do valor de mercado?

Um terreno vendido por um preço acima do valor de mercado?

Um terreno vendido por um preço acima do valor de mercado?

Um terreno vendido por um preço acima do valor de mercado?

Um terreno vendido por um preço acima do valor de mercado?

Será que li bem???????

Os juízes poderiam ter comprado terrenos pelo valor de mercado, mas preferiram comprá-los a um ARGUIDO por um valor acima do mercado?

Isto está um mimo!!!!!!

Anónimo disse...

Ó anónimo da 1:57. A fatinha e o paulinho são juízes?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Até coro de vergonha a ver a figura que gente que se faz passar por magistrados, aqui faz.

Anónimo disse...

Ó xhqyrf: E para este governo que se diz socialista ( ??????? ), seria necessário que a fatinha e o paulinho fossem juízes? Deve estar a brincar!... O Oliveira Martins que foi para o Tribunal de Contas é juíz? Cá para mim, o paulinho ou até a fatinha ficariam melhor como PGR e Presidente do STJ. Rua com os incómodos!...

Anónimo disse...

Ó Carlos Alberto:
Covardolas? Quereria Dizer cobardolas provavelmente, mas olhe que mesmo isso também o não sou. A propósito, você é o Carlos Alberto do 1º esq. ou do 3º dto? Quanto à questão da falta de argumentos está completamente enganado. A questão do lobbie gay e da Casa Pia é que está por detrás disto tudo. Não tenha dúvidas!
Quanto ao Parque Eduardo VII, confesso que nunca lá fui mas pelos vistos você sabe do que fala. Se calhar até conhece a Casa de Elvas...

Anónimo disse...

O que dizem por aí é que o Judas conseguiu andar à solta estes anos todos porque cedeu à associação Sindical dos Juízes uns terrenos da Câmara de Cascais para fazer umas moradias para os juízes.

Só a PJ tem feito força para que os processos contra o Judas avancem.

Era bom ouvir sobre isto os juízes anónimos que não param de escrever aqui baboseiras.

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Ó Carlos Alberto:
Covardolas? Quereria Dizer cobardolas provavelmente, mas olhe que mesmo isso também o não sou. A propósito, você é o Carlos Alberto do 1º esq. ou do 3º dto? Quanto à questão da falta de argumentos está completamente enganado. A questão do lobbie gay e da Casa Pia é que está por detrás disto tudo. Não tenha dúvidas!
Quanto ao Parque Eduardo VII, confesso que nunca lá fui mas pelos vistos você sabe do que fala. Se calhar até conhece a Casa de Elvas...

Tal é a intoxicação da opinião pública quando é certo que em Cascais não há nem terreno nem moradias para Juízes cedidos pelo Judas. Se não acreditam, vão lá ver!... O que existe é um terreno vendido pelo Judas a várias pessoas entre elas magistrados por um PREÇO ACIMA DO MERCADO, onde foi construído um prédio. VÃO LÁ VER E DEIXEM-SE DE BABOSEIRAS!

Anónimo disse...

Parei na área de serviço da auto-estrada para tomar alguma coisa fresca, antes de entrar na estrada nacional. Já passava das 18 horas, mas o calor de Agosto entranhava-se no corpo, fazendo-me suar, o cabelo caído nas costas colando-se na pele.
A blusa fina revelava marcas da viagem e das gotículas que corriam entre os seios.
Depois de ter tomado um café e uma água, regressei ao carro, liguei de novo o ar condicionado e continuei a viagem. Dez minutos depois, entrei no desvio que, segundo o mapa aberto no assento do lado, me levaria ao meu destino: uma pequena vila onde iria encontrar a quinta que uns clientes da minha empresa pretendiam vender.
Necessitava de verificar o local, as condições em que se encontrava, para poder fazer uma avaliação do imóvel, antes de lhe atribuirmos um preço e a nossa comissão.
Não sei por que estradas andei, pois a dada altura, passava por placas e terrinhas, que nem conseguia vislumbrar no mapa. Comecei a recear estar perdida naquela serra, entre montes, pinheiros, algumas casas aqui e além, e umas aldeias pequenas.
Até que entrei numa espécie de vila e verifiquei o nome no mapa: RAIOS!! Estava a uma distância enorme do sítio para onde tinha de ir. Pior que isso, já não faltaria mais que duas horas para escurecer e voltar para trás em busca do lugar certo, estava fora de questão. Teria de ficar por ali e tentar no dia seguinte. Só lamentava a reserva que havia feito no pequeno hotel da tal vila para onde desejava ir.
À primeira pessoa que encontrei, um velhote de olhar sereno, perguntei se existia algum hotel ou pensão ali perto, ao que me respondeu:
- Sim, menina. Siga por esta rua, vire na primeira à sua esquerda e entra numa avenida com árvores, que é a principal aqui da nossa terra. Ao fundo, está um hotel pequeno, que até é do meu sobrinho.
E, lá segui as instruções dadas por ele, encontrando com facilidade o tal hotel, estacionando o carro mesmo em frente. De fachada branca, pintura recente, janelas com portadas verdes e cortinas brancas, o hotel tinha um ar simpático. A entrada tinha uma porta em vidro e, o hall era todo em madeira. Não estava ninguém na recepção, e toquei a campainha em cima do mesmo.
Em menos de um minuto apareceu um jovem moreno, não muito alto, e com um sorriso delicioso.
- Boa tarde! – disse.
- Boa tarde. Necessito de um quarto para esta noite. Têm? – perguntei.
- Sim. Single, duplo ou de casal? – quis saber, enquanto se sentava em frente ao computador para fazer o registo.
- Estou sozinha, mas prefiro um quarto com cama de casal.
- Sim, senhora. Se necessitar de alguma coisa, pode ligar para a recepção pelo telefone que tem no quarto e pedir. O meu nome é Luís.
Depois do registo feito, entregou-me a chave, perguntou se tinha bagagem, ao que lhe respondi negativamente e subi até ao quarto, ansiosa por um banho de imersão.
Hora e meia depois, desci e fui à procura de um local para jantar, o que acabei por fazer num restaurante aconchegante e típico da região.
Cansada como estava, não demorei muito para regressar ao hotel.
Ao passar na recepção, lá estava o moreno de sorriso encantador, e que seria provavelmente o tal sobrinho que o velhote me tinha falado. Ao entregar-me a chave, roçou os seus dedos nos meus, demorando-se um pouco a tocar-lhes, enquanto me olhava nos olhos, como se me quisesse ler a alma.
- Vai desejar o serviço de despertar? – perguntou em voz baixa.
- … - ainda hesitei um pouco, sem saber se deveria dizer o que me apetecia, mas depois lá tomei uma decisão – depende do tipo de serviço de despertar que oferecem – respondi em voz rouca e de forma insinuante.
Percebi que ele me tinha entendido perfeitamente e ainda, que era esse tipo de resposta que ele pretendia, quando me disse:
- É um serviço exclusivo e especial, um despertar personalizado e que não esquecerá, se o pretender. Basta que diga o que quer – e sorriu, maliciosamente.
- Deixo por sua conta, Luís. Acorde-me às 7 horas, por favor – e subi as escadas, olhando para ele por cima do ombro.
- Assim será. Tenha uma noite descansada e até amanhã.
Quando cheguei ao quarto, sentia o corpo a tremer e um arrepio de antecipação a percorrer-me das pernas à nuca.
Vesti a camisa de dormir, branca, curta e deitei-me, excitada a pensar no que aconteceria dali a algumas horas e desejando que o tempo passasse rapidamente. Não sabia porquê, mas aquele homem, aquele olhar, deixava-me de pernas bambas.
Apesar da excitação, não demorei a adormecer.
Acordei sobressaltada com algo. Reparei que a luz do dia já espreitava pelos buraquinhos das portadas da janela. E ouvi de novo aquela pancada suave. Era ele.
- Entra – disse-lhe.
A porta abriu e ele, entrou com uma bandeja nas mãos. Pousou-a na cómoda e reparei que tinha várias iguarias e um jarro de sumo. Trazia-me o pequeno-almoço. Mas, eu queria o aperitivo primeiro. Estava apenas vestido com uns calções e uma t-shirt de alças. Aproximou-se da cama e disse «bom dia» numa voz rouca e profunda.
- Bom dia – respondi.
E, sem mais palavras, depois de pousar um pacotinho na mesa de cabeceira, colocou um joelho em cima da cama e debruçou-se sobre mim, tocando-me no rosto com os seus dedos suaves e, aproximando os lábios dos meus, beijou-me carinhosamente, num roçar de lábios que pareciam asas de borboleta. A sua língua, começou a penetrar os meus lábios que se derretiam debaixo dos seus, e em segundos, já se entrelaçava na minha, numa dança, ávida de maiores prazeres.
Descolando os lábios dos meus, deixou a boca descer pelo meu pescoço, ombros e com os dentes foi fazendo descer as alças da minha camisa, uma de cada vez, passando depois para o decote que baixou, até expor os meus seios, cujos mamilos erectos revelavam já o estado de excitação em que me encontrava. Soergueu-se e atirou com a roupa da cama que me cobria, para o chão. Despiu a sua t-shirt e voltou para junto de mim, acabando de me despir a camisa, fazendo-a deslizar pela minha cintura, ancas, coxas, descobrindo o meu corpo em gestos suaves.
Depois, baixou o seu corpo e iniciou uma carícia tortuosa nos seios, abocanhando-os, massajando com os seus dedos, mordendo a pele e deixando-me a gemer.
As minhas mãos nos seus cabelos puxavam-no contra mim e as minhas pernas tentavam tocar as suas, para o sentir. Para sentir contra mim, o seu corpo também excitado, conforme tinha percebido pelo volume debaixo dos calções. Baixei uma mão e toquei-lhe no membro erecto. Ele gemeu.
Acabámos de nos despir um ao outro e rebolando na cama, entre beijos, carícias e abraços, fiquei sobre o seu corpo. Elevei o corpo sobre o dele e foi nesse posição que o senti entrar em mim a primeira vez: forte, impetuoso, preenchendo-me em espasmos de prazer. Em movimentos de frenesim, de puro desejo, beijámo-nos de novo e agarrados um ao outro, procurámos a satisfação da paixão que sentíamos, subindo em espirais de gozo, até ao orgasmo.
Os nossos corpos descansaram alguns minutos, eu ainda em cima do seu peito, ele dentro do meu corpo.
As 7 horas da manhã, passaram a 8, 9, 10 e, apenas pelas 11 horas, ele saiu do quarto, deixando-me recostada na cama, de bandeja com o pequeno-almoço no colo.
Uma hora depois, dirigi-me à recepção, paguei a conta e parti, despedindo-me apenas com um sorriso, e um cartão na mão.
Ele tinha razão.
Nunca mais me esqueci daquele serviço de despertar.
Quem sabe se um dia regressarei ao lugar onde me perdi.

Anónimo disse...

Esqueceste-te de tomar a medicação, ó Carlos Alberto...
Mas, não te preocupes, nota-se pouco...