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terça-feira, junho 10, 2014

Política & negócios

Está instalado o caos nas eleições para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Para isso, muito contribuiu a circunstância de Fernando Seara ser, de acordo com a generalidade dos media, o testa-de-ferro da Olivedesportos. Esta barafunda toda, para já não falar na "traição" e na "desonestidade" de que Seara é acusado, mostra como o Município de Lisboa poderia estar a ser gerido se o alegado ponta-de-lança da Olivedesportos não tivesse sido copiosamente derrotado nas eleições para a Câmara.

terça-feira, março 25, 2014

A extrema-direita a colher os frutos da austeridade

Na sequência da primeira volta das eleições municipais em França, a edição de hoje do Libération faz contas e extrai algumas conclusões, em especial a pesada derrota da esquerda em cidades com mais de dez mil habitantes. Eis algumas infografias hoje publicadas:

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sábado, outubro 05, 2013

Sinais de mudança?

Pedro Adão e Silva, Sinais de mudança? [hoje no Expresso]:
    ‘Os resultados das autárquicas são claros: os partidos do Governo tiveram uma derrota colossal, com perdas de votos brutais. Comparado com as autárquicas anteriores, PSD e CDS juntos caíram 644 mil votos (uma variação de -28%); se a comparação for feita com as legislativas de há dois anos, o cenário é ainda mais negativo (tiveram menos 1 milhão e 146 mil votos, o que representa uma variação de -41%). Olhando para estes números, os sinais de que estamos perante uma penalização eleitoral do Governo são evidentes; contudo, não é claro que a esta penalização correspondam ganhos diretos da oposição.

    (…)

    Este quadro eleitoral devia fazer soar todas as campainhas de alerta. Mas aparentemente é como se nada se passasse. Com doses sempre redobradas de austeridade, com a perceção (errada) de que a corrupção é um fenómeno crescente e que explica a atual crise, com o aparelhismo a tomar conta dos partidos, o terreno está fértil para o surgimento de algo novo e que não será necessariamente bom. (…)’

sexta-feira, outubro 04, 2013

«A "leitura nacional" das eleições autárquicas não depende da autorização de ninguém: impõe-se por si própria»

• Pedro Silva Pereira, Que se lixem os eleitores:
    ‘A resposta do PSD à derrota nas eleições autárquicas do passado Domingo mostra que Passos Coelho está decidido a converter o seu célebre “que se lixem as eleições” numa nova e arrogante máxima: “que se lixem os eleitores”. Um erro grave, que o PSD pagará caro.

    Entendamo-nos: é louvável, sobretudo em situações de grande exigência, que um primeiro-ministro governe com os olhos postos num horizonte mais longínquo do que o ciclo eleitoral e até que o faça com o desprendimento suficiente para desconsiderar as sondagens e pôr o interesse do País acima do interesse partidário. Coisa distinta, porém, é pretender governar em democracia como se as eleições fossem indiferentes. O insuperável desprezo que Passos Coelho revelou desde o início pelos compromissos eleitorais que assumiu com os portugueses foi o primeiro sinal de que não reconhece no mandato concedido democraticamente pelos cidadãos qualquer significado conformador da orientação governativa - como se fosse um mandato vazio de conteúdo ou um "cheque em branco". De certo modo, Passos Coelho parece partilhar ainda a visão pré-democrática, própria do Governo representativo clássico, em que a escolha eleitoral, anterior aos partidos como forma de organização programática da vontade popular, se resumia a um acto puramente designativo, de mera selecção dos governantes, fundando um mandato livre ou representativo porque desprovido de escolhas substantivas e isento de compromissos de política. Agora, confrontado com uma expressiva derrota eleitoral, a sua atitude de ignorar, senão mesmo de hostilizar, os eleitores que votaram de modo a expressar o seu descontentamento é filha da mesma falta de cultura democrática.

    Quando a Comissão Política do PSD se reuniu na passada terça-feira para analisar os resultados eleitorais - por entre muita gritaria e insultos, ao que rezam as crónicas - Passos Coelho, num revelador sinal dos tempos, resolveu confiar ao inefável Marco António a tarefa de falar aos jornalistas. O resultado não surpreendeu: muitos recados para dentro do partido, nenhuma mensagem para o País. Incapaz de produzir qualquer inflexão na leitura dos resultados deixada pela catastrófica comunicação política da noite eleitoral, a direcção do PSD entreteve-se a discutir a magna questão do poder interno e os apelos à abertura massiva de processos disciplinares. Para os eleitores, nada. Nem disposição de corrigir o necessário, nem reconhecimento sequer da necessidade de explicar melhor as medidas governativas ou qualquer outro sinal, por remoto que fosse, de ter compreendido ou tentado compreender o que os portugueses disseram com o seu voto. Até mesmo os óbvios desafios colocados aos partidos políticos pelo fenómeno das candidaturas ditas "independentes" - que implicaram para o PSD a perda de tantas câmaras importantes - não terão motivado qualquer reflexão digna de nota. Ao que parece, nada disso importa. O único ponto sobre o qual Marco António, em nome da direcção do PSD, julgou necessário pronunciar-se foi o seu tema favorito de sempre: se deve haver eleições no partido ou no País. Sendo a resposta negativa quanto a uma e a outra coisa, o caso está, para a direcção do PSD, encerrado: segue-se a tomada de posse dos presidentes de câmara e, logo depois, a aprovação de mais um violento pacote de austeridade no Orçamento para 2014. Se os cidadãos não estão de acordo, azar o deles. Que se lixem os eleitores!

    É a isto que se chama, como sentenciou com raro sentido da oportunidade o Presidente da República, recusar qualquer "leitura nacional" das eleições autárquicas. O problema é que, com resultados tão expressivos, a "leitura nacional" das eleições autárquicas não depende da autorização de ninguém: impõe-se por si própria. Recusar essa evidência é entrar num jogo perigoso de faz-de-conta, fingindo que nada aconteceu. E obrigar a democracia a falar mais alto para se fazer ouvir.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Que se lixem as eleições?

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos avisou que o Governo pretendia encerrar mais de 150 repartições de finanças. Paulo Núncio, o ajudante da Miss Swaps para os assuntos fiscais, veio, de certa forma, desmentir estar iminente o encerramento de tantos serviços, dizendo que “ainda não foi tomada qualquer decisão sobre o processo de reestruturação dos serviços de serviços de finanças previsto no memorando de entendimento.

Concluídas as eleições autárquicas, o governo não perdeu tempo: ontem, à noite, com efeitos a 30 de Setembro, o Governo publicou a portaria que “adequa a reorganização administrativa aos serviços periféricos locais da Autoridade Tributária e Aduaneira”.

Enquanto os portugueses estavam agarrados às televisões a ver os resultados das sondagens à boca das urnas, as mudanças de instalações começavam. Imagine-se o que o Governo faria se não se estivesse a lixar para as eleições.

O eleitorado natural da coligação “fendeu-se”…

… e Carlos Abreu Amorim, fendido da cabeça aos pés, está à procura de uma porta, à sua dimensão, para sair da última embrulhada em que se meteu (as anteriores ocorreram no CDS e na Nova Democracia).

Apelo a tempos melhores

• Mário Soares, Apelo a tempos melhores:
    ‘Sucede que a troika deixou de ter confiança em Passos Coelho e, sobretudo, em Portas. E sem dúvida no "otimismo" absurdo do Presidente da República. Portas, o chamado vice-primeiro-ministro, que aliás tem a missão (superingrata) de falar com a troika, parece não saber como. A troika só pensa em comprometer o Partido Socialista, que só se fosse irresponsável aceitaria tal negócio... No momento mais difícil de sempre que o Governo Passos/Portas vai atravessar. Qualquer patriota sabe, por menos informado que seja, que a prioridade das prioridades é acabar com este Governo, responsável por mais de dois anos de desgraça, de austeridade e de apertos de dinheiro para os mais pobres e para a classe média, que continua a ser destruída. A emigração (desaparecimento) dos melhores é um fenómeno gravíssimo. As próximas semanas vão ser terríveis. Ao contrário do que disse na Suécia o Presidente da República, que acha - não se sabe como - que "Portugal saiu da recessão e apresenta o maior crescimento de toda a União Europeia". Quem é que pode acreditar nisto? O Banco Central Europeu, com certeza, não.’

segunda-feira, setembro 30, 2013

Pare, escute e olhe: um comboio pode esconder outro


O PS venceu as eleições autárquicas, tendo conseguido a presidência de 149 câmaras municipais, fasquia que nenhum outro partido atingiu até agora. O PSD, cuja organização assenta no caciquismo local, sofreu uma derrota avassaladora.

Apesar deste vendaval (como lhe chama hoje o Público), uma leitura mais atenta dos resultados globais sugere que se tenha alguma contenção nos festejos. Perante a violenta ofensiva da direita para destruir o Estado social e eliminar os direitos laborais, o PS não consegue superar os resultados que obteve em 2009, quando o país estava a ser varrido pela maior crise internacional dos últimos 80 anos. Veja-se:
    • Em número de votos, o PS desce em relação a 2009 (menos 270 mil), valor só parcialmente explicável pela abstenção, que tenderá a manifestar-se mais entre os eleitores da direita, desmotivados com a política do actual governo;
    • Em percentagem de votos, o PS alcança um resultado inferior para as câmaras municipais (36,25% contra 37,67% em 2009), para as assembleias municipais (34,94% contra 36,67% em 2009) e para as assembleias de freguesia (34,69% contra 36,28% em 2009);
    • Embora tenha obtido mais presidências de câmara (132 em 2009), o número de câmaras em que o PS obteve maioria absoluta é igual em 2009 e 2013 (119);
    • Quanto a mandatos, o PS atinge o mesmo número que alcançara para as câmaras em 2009 (921), mas obtém menos mandatos para as assembleias municipais (2.657 contra 2.855 em 2009).

Mas o aspecto mais relevante destas eleições é a circunstância de a enorme erosão do PSD no eleitorado urbano não ter sido cabalmente capitalizada pelo PS. As importantes vitórias obtidas em Gaia, Sintra, Coimbra e Vila Real são ofuscadas pelas perdas infligidas pelo PSD em Braga e na Guarda e pela CDU em Beja, Évora e Loures. A ideia que fica é que os êxitos conseguidos pelo PS nos concelhos rurais (ou com menos população) não tiveram correspondência nos grandes centros urbanos.

Associada a isto, há uma desilusão não negligenciável com o sistema político, de que são sinais o aumento da abstenção (de 41% para 47%), a subida dos votos brancos e nulos (de 3% para 6,8%) e, num certo sentido, a própria votação de protesto na CDU (11,06% contra 9,75% em 2009).

Neste contexto, muito embora as eleições revelem que a coligação de direita já não tem condições para governar, mostrou também que os eleitores ainda hesitam em relação à capacidade do PS para ser alternativa, em resultado de uma oposição feita com falta de fervor.

NOTA — Retirei as referências às juntas e assembleias de freguesia, uma vez que, como refere o leitor ignatz, houve uma redução de freguesias, não fazendo sentido a comparação nestes termos entre os resultados de 2009 e 2013.

domingo, setembro 29, 2013

Serviço público


Sondagens às 20 horas:
    • A RTP irá divulgar quatro sondagens (Lisboa, Porto, Gaia e Sintra);
    • A SIC irá divulgar apenas duas (Lisboa e Porto);
    • A TVI não irá divulgar nenhuma.

Novas do governo de iniciativa presidencial

Pronto-socorro do Governo

Cavaco recusa que futuro do Governo dependa de eleições locais. Isto é o que o ministro Maduro, o homem da propaganda, gostaria de dizer hoje à porta da mesa de voto, mas teve receio da reacção da CNE.

sexta-feira, setembro 27, 2013

Melhor tweet do dia

    LEVANTA-TE E VOTA CONTRA O GOVERNO DA IGNOMÍNIA!

Votar nas listas apoiadas pelos partidos do Governo
prejudica gravemente o seu futuro e o dos que o rodeiam


Quando o voto de cada um de nós servirá inevitavelmente ou para legitimar a política de um governo que se dispôs, desde a tomada de posse, a “ir além da troikaou para dar um veemente sinal de que chegou a hora de mudar, é necessário deixar isoladas as candidaturas apoiadas pelos partidos do Governo.

Declaração de António Costa

Juntos Fazemos Lisboa

Uma "maré" que encheu o Chiado

Manuel Pizarro: nasceu, cresceu e trabalhou sempre no Porto

O pote(zinho) quando nasce é para todos

Vale a pena ler esta notícia sobre as peripécias de um ex-presidente da JSD e ex-deputado do PSD na Junta de Freguesia de Alcântara, sobretudo porque isso certamente pesou na sua escolha para ser candidato do PSD a essa autarquia.

ADENDA — Pedro Santana Lopes mostra-se incomodado com a circunstância de o Público ter escolhido uma fotografia em que aparece ao lado do ex-presidente da JSD para embelezar a notícia. Lembra, por exemplo, que, ao contrário de Marques Mendes, nunca foi escolhido por Isaltino Morais para administrador da Universidade Atlântica:
    ‘Ele há uns jornais que, quando de uma notícia chata sobre alguém do PSD, põem - no sempre numa foto ocasional a falar comigo... Hoje é o Público - que é "repetente" na gracinha - a propósito de uma notícia sobre um antigo Presidente da JSD.

    Ainda um dia descobrem que fui administrador da Universidade Atlântica ou Presidente da Mesa da Distrital num certo período.’

Sabia que…


… o Município de Gaia, sob a presidência de Luís Filipe Menezes, gastou mais de 690 mil euros em 64 inserções publicitárias no Jornal de Notícias desde o início de 2013?

A NACIONALIZAÇÃO DAS AUTÁRQUICAS

• Pedro Adão e Silva, A NACIONALIZAÇÃO DAS AUTÁRQUICAS [hoje no Expresso]:

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Votar local, pensar nacional

• Tiago Antunes, Votar local, pensar nacional:
    ‘(…) No passado, as autárquicas já fizeram cair um primeiro-ministro e tiveram impactos concretos na orientação da política governamental. Acresce que este fenómeno, de extrapolação dos contextos locais para a realidade nacional, é ainda exacerbado pelo especial momento político que vivemos: no meio de uma crise sem fim à vista, em plena avaliação da ‘troika', relativamente à qual há visões muito divergentes, e à beira da apresentação de um OE que cavará ainda mais o fosso da austeridade. Não tenhamos dúvidas, pois, que o resultado das eleições influenciará o rumo do país nos próximos tempos. De resto, é praticamente inevitável que assim seja, uma vez que a campanha, essa, tem sido quase exclusivamente nacional.’