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Secretário de Estado da Cultura é o primeiro à direita |
Os operadores de telecomunicações estão obrigados por lei a uma taxa para o cinema e audiovisual. No entanto, tal como o Pingo Doce em relação à taxa de segurança alimentar, recusam-se a pagar. A dívida já ascende a 11 milhões de euros (sem juros).
O secretário de Estado da Cultura está determinadíssimo em fazer cumprir a lei e recorre a bons argumentos:
• “O que seria se todos e cada um de nós achássemos injusto pagar?”
• “Quantos portugueses com muito menos recursos não têm dificuldade no cumprimento das suas obrigações?”
• “Quem lhes dá legitimidade para se substituírem à Assembleia da República e Governo?”
Empolgado com as suas próprias palavras, o
Jornal de Negócios conta que Jorge Barreto Xavier “deu um murro na mesa”. Antes lhes tivesse acertado, porque as operadoras de telecomunicações não se impressionaram e continuam inertes — sem mostrar disposição para abrir os cordões à bolsa.
O CDS-PP, através do impagável deputado Michael Seufert, apercebeu-se da revolta da
sociedade civil e propôs uma artimanha para solucionar o imbróglio. Convocam-se as operadoras contumazes e negoceia-se com elas: —
Quanto é que vossemecês estão dispostos a dar ao guito?Com um governo a ser desautorizado constantemente, só Cavaco teima em mantê-lo ligado à máquina. Mais tarde ou mais cedo, o Presidente da República vai ter de se conformar com o óbvio: o governo de iniciativa presidencial está morto e em acelerada decomposição.